Práticas Ambientais, Sociais e de Governança e o Desempenho das Empresas Brasileiras

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DOI:

https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v18i3.62403

Resumo

A preocupação das empresas com as questões Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) têm-se tornado relevante para a sociedade. Em função disto, parece que empresas têm passado a dar atenção a estas ações tentando incorporá-las à sua estratégia. Tem sido sugerido que um melhor padrão de ASG da empresa, além de contribuir para aprimorar a gestão, é capaz de gerar sensibilidade favorável dos stakeholders da empresa, e, assim, favorecer seu desempenho. Este trabalho tem como objetivo investigar a influência do engajamento em práticas ASG sobre o desempenho das empresas brasileiras. Para tanto, foi usada uma amostra de 685 observações anuais de 85 empresas listadas na B3 que são avaliadas pelo CSRhub Consensus ESG Ratings. Como proxy para ASG, foi utilizada a avaliação do CSRhub e a presença no ISE. Como proxy para desempenho, adotou-se o desempenho financeiro (ROA e ROE) e o valor de mercado da empresa foi medido pelo Q de Tobin. Estimação de modelos forneceram resultados que indicam haver, no Brasil, uma melhoria de desempenho da empresa que adota mais elevado padrão de ASG. Os resultados são robustos às duas proxies para ASG e às três proxies para desempenho da empresa. Estes achados indicam que, de fato, ASG parece ser capaz de melhorar a gestão da empresa e, em paralelo, de gerar uma sensibilidade positiva de seus stakeholders, o que favorece o ciclo virtuoso entre preocupação da empresa com seus stakeholders e seu desempenho.

Biografia do Autor

Vicente Lima Crisóstomo, Universidade Federal do Ceará

Professor da Universidade Federal do Ceará. Doutorado em Economia Financeira pela Universidade de Valladolid/Espanha. Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Ciências Contábeis e Ciências da Computação pela Universidade Federal do Ceará.

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Publicado

2024-03-15

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Artigos