A Diversidade de Gênero nas Práticas Divulgadas em Relatórios de Sustentabilidade de empresas Listadas No ISE da B3 é evidente?
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v20i1.64055Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a coerência das práticas de promoção da igualdade de gênero no ambiente empresarial, presentes nas informações e dados dos Relatórios de Sustentabilidade das companhias participantes da B3. Utilizou-se como metodologia as pesquisas aplicada e documental, com dados secundários dos Relatórios de Sustentabilidade de 2022 das empresas selecionadas obtidos na B3, CVM e seções de Relações com Investidores das companhias. A amostra inclui empresas presentes no IDIVERSA e ISE de 2023. A abordagem é descritiva, permitindo a identificação e análise de dados sobre práticas de gênero, com categorias definidas com base na literatura: Proporção de Gênero, Remuneração, Presença em Cargos de Liderança, Comunicação e Transparência e Cultura Organizacional. Como técnica, utilizou-se a análise de conteúdo em três etapas (pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados), com a ferramenta Atlas.ti 6.0.15, abrangendo 35 itens: cinco categorias analisadas em sete empresas. Os resultados mostram diferentes níveis de comprometimento com a igualdade de gênero entre as empresas de setores como Energia, Saneamento e Financeiro. A Eletrobras apresentou esforços moderados para aumentar a participação feminina em cargos gerenciais, enquanto a Cosan necessita de maior engajamento, embora tenha registrado avanços em algumas subsidiárias. A CPFL demonstrou baixa representação feminina, e a Vibra destacou-se por estabelecer metas claras para ampliação dessa representação. A Eletrobras apresentou avanços na redução das disparidades salariais, mas a CPFL precisa aprimorar sua transparência. No setor financeiro, empresas como Aliansce Sonae, Cielo e B3 registraram uma média de 39,26% de mulheres em suas equipes, com variações entre as companhias. Os achados destacam a necessidade de monitoramento contínuo das práticas de diversidade de gênero para promover maior equidade na participação, remuneração igualitária, acesso feminino a cargos de liderança, transparência nos relatórios de sustentabilidade e assimilação cultural de políticas inclusivas.
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