O que Elisabeth da Bohemia perguntou a Descartes? Uma proposta de leitura da carta que inaugura a Correspondência
Mots-clés :
Elisabeth da Bohemia, René Descartes, Troca Epistolar, Teoria da Ação, Prudência, ConscientiaRésumé
Em maio de 1643, Elisabeth da Bohemia endereçou uma questão a Descartes que inaugurou uma Correspondência de seis anos, até a morte do filósofo. Ele dedica à Princesa o seu trabalho de maturidade metafísica (Princípios de Filosofia Primeira, 1644) e redige Paixões da Alma (1649) como um dos resultados do diálogo com a filósofa. O silenciamento dos últimos cem anos de historiografia sobre o legado de Elisabeth da Bohemia nesta troca epistolar causou distorções e, em alguns casos, lastreou o viés como regra e como a história. Uma das consequências dessa distorção está na leitura de que a questão da filósofa consistiria em uma crítica ao dualismo substancial. Neste estudo busco oferecer uma interpretação da natureza da primeira questão, com o intuito de esclarecer o pensamento da filósofa e o seu papel no diálogo, de uma maneira compreensiva, sem subscrever o paradigma literário do solilóquio cartesiano, e seu viés na literatura filosófica.
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