Estatuto e raízes da noção de signo na gramática geral de Condillac
Résumé
Este artigo visa localizar alguns temas filosóficos que atravessam a obra de Condillac e se organizam em torno da noção de signo. Mostramos primeiro a relevância de sua filosofia no tratamento dessa questão nos artigos da Enciclopédia de Diderot e d’Alembert, que segue a classificação tripartite dos signos de sua primeira obra. Em seguida, apontamos que essa classificação é abandonada nas últimas obras. Para prover elementos que expliquem tal mudança, buscamos retraçar de modo não-exaustivo algumas fontes que se entrecruzam no pensamento do autor: a semiótica de Locke e a influência da medicina; desdobramentos do cartesianismo; reflexões em torno da linguagem por categorias retóricas; discussões sobre as belas-artes; a compreensão dos signos como instrumento de memória e raciocínio; a elocutio retórica utilizada como arsenal lógico. Temos com isso três objetivos: inserir Condillac na longa história das noções de signo, destacar a importância dessa questão na história da filosofia, e indicar direções possíveis a pesquisas futuras que queiram se dedicar a um tal leque de problemas que gira em torno da filosofia da linguagem, da psicologia e do método.
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