Eternidade da mente e “o remédio das paixões” na Ética de Spinoza

Autor

  • Jonathan Alves Ferreira de Sousa Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGLM/UFRJ)

Abstrakt

A última parte da Ética demonstrada à maneira dos geômetras, obra mais importante do projeto ético de Baruch Spinoza, revela o que pode ser considerado uma contradição ou assimetria com o restante da obra, na questão da relação da mente com o corpo. Em suas últimas afirmações, particularmente na segunda metade da parte 5, Spinoza se concentra em mostrar como a ação reflexiva da mente é o ponto fundamental para a beatitude. Deste modo, a vida presente e a busca de um “remédio para as afecções” deixam de ser o que impulsiona o indivíduo eticamente em direção à beatitude. Neste artigo apresento como a compreensão das essências na filosofia de Spinoza é fundamental para o entendimento de que a parte eterna da mente é o caminho correto para a conclusão do projeto ético spinozano de uma vida vivida a partir do ponto de vista da eternidade.

Opublikowane

2024-09-24

Numer

Dział

Seção Geral