Spinoza’s argument for substance monism
Palavras-chave:
Spinoza, Monismo Substantial, Provas da Existência de Deus, IndividuaçãoResumo
Investigo, neste artigo, os fundamentos do argumento maduro spinozista do monismo substantial. O argumento é sucintamente afirmado na Ética, Parte I, proposição 14. Ele faz apelo a duas premissas explícitas: (1) a de que deve haver uma substância com todos os atributos; (2) a de que as substâncias não podem compartilhar seus atributos. Em conjunto com uma terceira premissa implícita, a de que uma substância não pode não ter qualquer atributo, Spinoza infere que não pode haver mais que uma substância. Começo a investigação com a análise da primeira premissa, que é fornecida sob a forma de quatro provas da existência de Deus na Ética, Parte I, proposição 11. Demonstro, a partir dela, que Spinoza adota uma abordagem progressive, em que a quarta prova da existência de Deus é mais exitosa e persuasive que a terceira; esta, por sua vez, mais exitosa que a segunda etc. Também esmiúço, aqui, conceitos centrais do pensamentode Spinoza, incluindo os conceitos de razão (ratio) e poder (potesta ou potentia). Analiso, em seguida, a segunda premissa do argumento spinozista do monismo substantial, conforme estabelecido na Ética, Parte I, proposição 4, em conjunto com Ética, Parte I, proposição 5. Aceito e respondo a objeção atribuída a Leibniz de que uma substância p pode ter os atributos x e y e uma substância q pode ter os atributos y e z, e, portanto, que substâncias podem compartilhar alguns atributos embora permaneçam distintas. Ao longo deste estudo, minha atenção se volta para os procedimentos argumentativos adotados por Spinoza. Isso resulta num fechamento, numa leitura internalista do texto, segundo a qual Spinoza abraça efetivamente o monism substantial. Na conclusão deste estudo, registro a originalidade do argumento de Spinoza em relação às teorias da substância do século XVII.
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