Eles não Param de Chegar? A Emergência de Novos Padrões de Mobilidade Espacial da População em Macaé/RJ

Autores

  • Faber Paganoto Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2012.2076

Palavras-chave:

Mobilidade espacial, Pendularidade, Macaé/RJ

Resumo

Macaé, a “Capital do Petróleo”: uma terra de oportunidades, onde o emprego
é farto e os royalties do petróleo engordam os cofres públicos. É assim que o município de Macaé tem sido retratado pela mídia, e foi a partir dessa imagem que milhares de migrantes escolheram a cidade como destino. Neste estudo investigou-se por que os números indicam uma redução dos fluxos migratórios em direção a Macaé enquanto algumas evidências apontam para o contínuo aporte de migrantes. Apontou-se a existência de novas formas de mobilidade espacial da população tendo Macaé como polo atrativo. Muito comum em realidades metropolitanas e associado à violência urbana e ao alto custo de vida, ganha força em Macaé o movimento pendular de trabalhadores residentes 
em municípios próximos, especialmente de Rio das Ostras. Além dos deslocamentos diários tradicionais, detectou-se nesta pesquisa outro tipo de pendularidade, estendida no espaço e no tempo, o “movimento pendular de longa distância”, associado, fundamentalmente, às características específicas do mercado de trabalho do setor de petróleo, bem como à flexibilização das relações de trabalho neste setor, com as terceirizações e subcontratações. Constatou-se, finalmente, uma significativa transitoriedade entre os migrantes, que continuam chegando à cidade em grande número, embora não fixem residência. 

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Publicado

2012-07-05

Como Citar

Paganoto, F. (2012). Eles não Param de Chegar? A Emergência de Novos Padrões de Mobilidade Espacial da População em Macaé/RJ. Espaço Aberto, 2(1), 71–84. https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2012.2076