Da Segregação Residencial à Conformação de uma Zona de Sacrifício na Cidade do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2022.53196Palavras-chave:
Zona de Sacrifício, Injustiça Ambiental, Segregação ResidencialResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a conexão entre os fenômenos de segregação residencial e de injustiça ambiental, baseada nos impactos urbano-ambientais originados desde a instalação de uma usina siderúrgica. Para discutir estes fenômenos e concatenar seus processos, nossa investigação terá como estudo de caso o bairro de Santa Cruz, localizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), centrada na caracterização das condições de segregação residencial quando comparadas a outros bairros da cidade do Rio. Este contexto de segregação residencial, sem ser resolvido, é sobreposto pelas condições de injustiça ambiental, vivenciadas por seus moradores, em virtude dos efeitos nocivos gerados pela siderúrgica Ternium Brasil. A correlação entre ambos os fenômenos conforma o que se denomina no campo da Ecologia Política como zona de sacrifício. Ao analisar esta conformação em Santa Cruz, pudemos ir um pouco além do que é apresentado na literatura acadêmica enquanto zona de sacrifício. Assim, em que pese a sobreposição mencionada, adicionamos o elevado consumo de recursos hídricos pela
siderúrgica, como dinâmica que complementa a composição da zona de sacrifício.