CONEXÕES ATLÂNTICAS NOS CANTEIROS DE OBRAS PÚBLICAS RECIFENSES: LUTAS SUBALTERNAS CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO. DÉCADA DE 1850

Autores

  • Marcelo Mac Cord

Resumo

O artigo discute a importância das conexões atlânticas nas lutas de certas categorias profissionais que labutaram no Recife. O recorte temporal é a década de 1850, período do fim do tráfico atlântico de africanos escravizados, do debate sobre a pretensa vadiagem, ociosidade e inépcia da mão de obra livre nacional e da desagregação do escravismo. Nessa conjuntura, determinados recifenses, migrantes (vindos do interior pernambucano, mas também de províncias vizinhas) e imigrantes combateram algumas formas de precarização de suas vidas e de seu trabalho em canteiros de obras públicas. Muitos desses sujeitos e seus ascendentes, quedesembarcaram nos portos pernambucanos, compartilharam costumes e aspirações, oque lhes ajudou a consolidar concepções de direitos próprios e noções de trabalho justo.Por meio da documentação produzida pelo Arsenal de Marinha de Pernambuco e pelaDiretoria das Obras Militares de Pernambuco, por exemplo, é possível reconstruiralgumas dessas visões de mundo baseadas em experiências étnicas e de classe.Inspirado na perspectiva da instituição de um proletariado atlântico desde o séculoXVII, esse artigo é uma singela contribuição para o debate.

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Publicado

2013-07-20

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Artigos