O RECIFE NAS ROTAS DO ATLÂNTICO NEGRO: TRÁFICO, ESCRAVIDÃO E IDENTIDADES NO OITOCENTOS

Autores

  • Valéria Gomes Costa

Resumo

Durante o tráfico atlântico, Pernambuco recebeu cerca de novecentos mil indivíduos, ficando atrás do Rio de Janeiro, onde localizava-se a Corte; e da Bahia, antiga sede do governo colonial. Recife se tornou, assim, a terceira capital imperial onde as diferentes marcas e falas dos africanos eram preponderantes. Até a primeira metadedo século XIX, as pessoas da África eram maioria entre os escravizados na cidade e a manutenção do sistema escravista se dava pelas incessantes importações, sobretudo entre as décadas de 1830-40. A escravidão foi transformando em africanos as pessoas de diferentes locais daquele continente. Mas os indivíduos reelaboravam suasparticularidades culturais e étnicas, ao mesmo tempo em que elas eram constantementereinventadas. Este artigo aborda o perfil desse contingente africano e sua diversidadecultural, na segunda metade do Oitocentos, através dos principais censos populacionaisda Província, estimativas do tráfico e registros batismais da cidade do Recife.

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Publicado

2013-07-20

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Artigos