La telenovela histórica menos pensada
Casi Ángeles, La Resistencia y sus políticas de la memoria sobre la última dictadura argentina
Resumo
En 2010, el año en que Argentina celebró el Bicentenario de su independencia, la historia fue el insumo de diversas manifestaciones artísticas y culturales: películas, instalaciones, recitales. Ese año se celebró, además, el Mundial de Fútbol en Sudáfrica. Y todo esto se dio en el marco del conflicto de Cristina Fernández de Kirchner con las empresas periodísticas del Grupo Clarín. Todos estos elementos se combinaron, de manera ficcional, en la cuarta y última temporada de la telenovela juvenil Casi Ángeles, producida por Cris Morena Group desde 2007 para el canal Telefe. Este trabajo analiza la manera en que este programa de televisión abordó de manera alegórica temas como el robo de bebés durante la última dictadura, el Mundial de 1978, el Juicio a las Juntas de 1985 y el conflicto de los Kirchner con los grupos mediáticos. Esta fue la primera oportunidad en la que una ficción para jóvenes se estructuró sobre conflictos vinculados al terrorismo de Estado del período 1976-83. Sin embargo, el tema no ha sido prácticamente estudiado. Las hipótesis son que eso se debe a la falta de prestigio con la que sigue cargando la televisión y a la lógica de la polarización que marcó a la Argentina de esos años.
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