O velho e o outro: identificação e reconstrução de si
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP-2022v74.18448Palavras-chave:
Construção social da Identidade, Identidade Própria, Idoso, Percepção do tempoResumo
Este artigo se propõe a abordar as significações atribuídas à velhice e a sua identidade em sujeitos com idade igual ou superior a 70 anos. Utilizou-se o método clínico-qualitativo, de caráter exploratório e descritivo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com quatro homens e seis mulheres, com idade média de 76,3 anos, observadas pela análise de conteúdo. Os participantes da pesquisa relatam não se identificarem enquanto “velhos”, entretanto apropriam-se do “ser idoso” a partir das marcas corporais que advêm do envelhecer, bem como por meio do olhar da sociedade. Ainda retratam o vínculo com o passado e a memória como um fator de sustentação da identidade e do pertencimento a um lugar reconhecido por eles, de modo a destacar um mundo e um presente no qual não se reconhecem e um futuro de difíceis projeções de si. Todavia, evidencia-se, nesta fase, a reestruturação do sujeito de forma a atribuir ganhos e novas relações.
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