O DEDO NA FERIDA COLONIAL: UM EXERCÍCIO DE CURADORIA COMPARTILHADA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n38.22943

Resumen

A partir do referencial metodológico da pesquisa narrativa, discute a curadoria compartilhada em um projeto expositivo sobre a produção artística de três mulheres negras.  Conclui que essa prática, quando fundamentada na estética decolonial, desarticula a noção de arte como atividade autônoma, impulsionada por sentimentos, independente do manifesto jogo das variáveis raça, gênero, classe.

Biografía del autor/a

Maria Emilia Sardelich

Professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Educação (CE), Departamento Metodologia da Educação (DME) e Programa Associado de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV UFPB/UFPE). Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2001), pós-doutorado em Cultura Visual, Universidade de Barcelona (2003). Atua na área de Didática e Ensino da Arte, cursos de Licenciatura, modalidades presencial e a distância. Líder do Grupo de Pesquisa em Ensino das Artes Visuais (GPEAV/UFPB).

Citas

ARAUJO, Emanoel (org.). A mão afrobrasileira: significado da contribuição artística e histórica. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/ Museu Afro Brasil, 2010.

BAIGES, Maite Méndez. Introducción. In: Arte escrita: texto, imágens y género en el arte contemporáneo. Granada: Comaresarte, 2017.

BELTRÁN MIR, Carmen Lidón. A la búsqueda de nuevos espacios para la educación artística más allá de los límites del arte. In: MONTORO, María Isabel Moreno; CÓRDOBA, Víctor Yanes; CHICA, Ana Tirado de la. Re-estetizando: algunas propuestas para alcanzar la independencia en la educación del arte. Porto: INSEA Publications, 2015. p. 99-120.

BUIGUES, Irene Ballester. El cuerpo abierto: representaciones extremas de la mujer en el arte contemporáneo. Gijón: Ediciones Trea, 2012.

CANTON, Katia. Temas da Arte Contemporânea. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

CLANDININ, D. Jean; CONNELLY, F. Michael. Pesquisa narrativa: experiência e história em pesquisa qualitativa. 2 ed. Uberlândia, MG: EDUFU, 2015.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A Construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. São Paulo: USP/Feusp, 2005.

CERQUEIRA, Daniel (coord.) Atlas da Violência IPEA/FBSP 2018. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada/Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2018.

CHAUÍ, Marilena. Representação política e enfrentamento ao racismo. III CONFERÊNCIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL, 2013.

CRENSHAW, Kimberlé W. Cartografiando los márgenes: interseccionalidad, políticas identitarias y violencia contra las mujeres de color. In: MÉNDEZ, Raquel (Lucas) P. (coord.) Intersecciones: cuerpos y sexualidades en la encrucijada. Barcelona: Bellaterra, 2012. p. 87-122.

FRANCOZO, Mariana; BROEKHOVEN, Laura Van. Patrimônio indígena e coleções etnográficas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. Belém, v. 12, n. 3, p. 709-711, dec. 2017.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro: Editora 34/UCAM/Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2002.

IBGE. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Brasil, março, 2018,

INEP. Censo Escolar 2017. Brasília: INEP, janeiro 2018.

LIMA, Diane Sousa da Silva. Fazer sentido para fazer sentir: ressignificações de um corpo negro nas práticas artísticas contemporâneas afro-brasileiras. Dissertação. Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.

LOPONTE, Luciana Grupelli. Artes visuais, feminismos e educação no Brasil: a invisibilidade de um discurso. Universitas Humanística, n. 79, p. 143-165, ene. - jun. 2015.

MADEIRA, Angélica. Arte compartilhada: uma teoria possível. In: Arte e vida social: pesquisas recentes no Brasil e na França. Marseille: OpenEdition Press, 2016.

MARTINS; Raimundo; TOURINHO, Irene; SOUZA, Elizeu Clementino de. Pesquisa narrativa: interfaces entre histórias de vida, arte e educação. Santa Maria: Editora UFSM, 2017.

MORENO, Pedro Pablo Gomez; MIGNOLO, Walter. Estéticas decoloniales. Bogotá: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, 2012.

NEVES, Lúcia Maria Wanderley (Org.). A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005.

ORNER, Mimi. Interrumpiendo los llamados para una voz de el y la estudiante en la educación liberadora. In: BELAUSTEGUIGOITIA, Marisa. Géneros profíguos. Barcelona: Paidós, 1999. p. 117-133.

OXFAM. Bem público ou riqueza privada? Gran Bretaña: Oxfam, 2019.

PENNA, Maura; ALVES, Erinaldo. Marcas do romantismo: os impasses da fundamentação dos PCN Arte. In: PENNA, Maura (coord.) É este o ensino de arte que queremos? uma análise das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais. João Pessoa: Editora Universitária, 2001. p. 57-80.

POLLOCK, Griselda. Encuentros en el museo feminista virtual. Madrid: Ediciones Cátedra, 2010.

SARDELICH, Maria Emilia. Imagens da docência entre licenciandos: visualidades comuns e transgressoras. Revista Contrapontos, v.17, n. 1, p. 21-46, jan.-abr. 2017.

WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2017.

Publicado

2019-08-13

Número

Sección

Artículos