Hélio Oiticica e a morte do cinema
DOI:
https://doi.org/10.37235/ae.n6.10Resumen
A importância de Hélio Oiticica para o pensamento cinematográfico brasileiro não é pequena: sua resposta ao problema moderno da "morte da arte" no que concerne ao cinema tomou a direção de um novo conceito da escrita cinematográfica, o "quasi cinema", uma mistura de "ambiente" (atualmente chamado instalação) e performance. Com sua obra audiovisual, os Quasi cinema, Oiticica proporciona um "deslocamento" da noção de imagem que deixa de servir a um conteúdo narrativo-discursivo-referencial. Desloca a definição proposta pela teoria realista da imagem ao mesmo tempo que problematiza sua definição ontológica e fenomenológica enquanto "algo que aparece". Ao contrário, para Oiticica, a semelhança da imagem com o mundo é dissimulatória, pois diz também do desaparecimento do mundo e da própria imagem. Produzir um audiovisual, para Oiticica, é antes de tudo recusar produzir um audiovisual, entendido como prática cujo sentido se possa estabilizar a ponto de se tornar uma forma preestabelecida.
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