A pálida história das artes visuais no Brasil: onde estamos negras e negros? / La pálida historia de las artes visuales en Brasil: ¿dónde estamos negras y negros?
DOI:
https://doi.org/10.37235/ae.n43.14Resumen
Este artigo trata de como as produções em artes visuais que foram e são realizadas por artistas visuais negras e negros têm sido apagadas dos registros históricos, como livros e, consequentemente, do ensino de artes visuais. Quando são apresentados esses protagonismos e produções o são por meio de capítulos específicos em publicações e momentos pontuais em sala de aula para tratar de “arte negra” ou “afro-brasileira”, dando a frágil percepção de que estamos incluindo a lei 10.639/03 no currículo escolar, quando em verdade, continuamos a apartar os saberes da visualidade criados por essas e esses artistas daquilo que chamamos de Artes Visuais, com letras maiúsculas. Propomos que artistas visuais negras e negros tenham suas biografias e criações aproximadas dos movimentos artísticos que já são estudados em artes visuais, quando possível, e quando não o for, que sejam apresentadas e apresentados como produção coetânea e paralela ao reconhecimento acadêmico e hegemônico, contextualizando sempre as disputas e supressões de narrativas que colocam o eurocentrismo como eixo da história das artes visuais e da humanidade. Dessa forma, propomos que a decolonialidade seja praticada em sala de aula e não seja apenas um termo contemporâneo utilizado nos estudos acadêmicos em humanidades numa perspectiva antirracista dos escritos.
Palavras-chave: Artes visuais. Artistas visuais negros e negras. Lei 10.639/03. História e ensino de artes visuais.
AbstractEste artículo trata de cómo las producciones en artes visuales que fueron y son realizadas por artistas visuales negras y negros han sido borradas de los registros históricos como libros y, consecuentemente, de la enseñanza de artes visuales. Cuando se presentan esos protagonismos y producciones, lo son por medio de capítulos específicos en publicaciones y momentos puntuales en el aula para tratar de “arte negro” o “afro brasileña”, dando la frágil percepción de que estamos incluyendo la ley 10.639/03 en el currículo cuando en verdad, seguimos apartando los saberes de la visualidad creados por esas y esos artistas de aquel que llamamos Artes Visuales, con letras mayúsculas. Proponemos que artistas visuales negros y negras tengan sus biografías y creaciones aproximadas de los movimientos artísticos que ya se estudian en artes visuales, cuando sea posible, y, cuando no, lo sean presentadas y presentadas como producción coetánea y paralela al reconocimiento académico y hegemónico, contextualizando siempre las disputas y supresiones de narrativas que sitúan al eurocentrismo como eje de la historia de lasartes visuales y de la humanidad. De esta forma, proponemos que la decolonialidad sea practicada en el aula y no sólo un término contemporáneo utilizado en los estudios académicos en humanidades en una perspectiva antirracista de los escritos.
Keywords: Artes Visuales. Artistas visuales negros y negras. Ley 10.639/03. Historia y enseñanza de artes visuales.
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