Àquilo/àquele que falta: sobre a destinação de trabalhos de arte (Conversa pública)

Autores

  • Fabíola Silva Tasca Escola Guignard - Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n37.18086

Resumo

Este texto assume a forma de uma conversa ficcional, enquanto estratégia narrativa que pretende expor aspectos conceituais e poético/pragmáticos relativos à noção de público e recepção da arte contemporânea, tema de minha comunicação no 13º Congresso Internacional de Estética, Os fins da arte, realizado na FAFICH/UFMG, no dia 20 de outubro de 2017.

Biografia do Autor

Fabíola Silva Tasca, Escola Guignard - Universidade do Estado de Minas Gerais

Artista e pesquisadora. Professora na Escola Guignard/UEMG. Departamento de artes plásticas.

Referências

No período compreendido, entre 2014 e 2015, desenvolvi a pesquisa “Artista plástico: aspectos fisionômicos de um título ocupacional”, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UEMG/CNPq, na qual o estudante Arthur Camargos participou na qualidade de bolsista. Entrevistamos os artistas Alan Fontes, João Castilho, Laura Belém, Laís Myrrha, Ronan Couto, Mário Zavagli, Jorge Menna Barreto e Paulo Amaral, aos quais aqui agradeço, e uma das perguntas do nosso roteiro buscava justamente pensar o trabalho de arte a partir de sua destinação: “Há algo como um espectador específico ao qual se endereça o seu trabalho?”. Relatório. Centro de Pesquisa da Escola Guignard/UEMG, 2015.

Cf. PEREC, Georges. A vida modo de usar. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 577.

Cf. VIANA, Rodolfo. “Não me interessa o leitor”, diz Bernardo Carvalho em mesa na Flip. Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2017. (Caderno Ilustrada).

Cf. Cf. SHEIK, Simon. Sobre a produção de públicos ou: arte e política em um mundo fragmentado. In: CAMNITZER, Luis; PÉREZ-BARREIRO, Gabriel (Orgs.) Arte para a educação/educação para a arte. Tradução de Gabriela Petit...[et al.]. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2009, p. 74.

Cf. SHEIK, 2009, p. 74-78. Cf. também SHEIK, Simon. Representação, contestação e poder: o artista como intelectual público. In: MAIA, Ana Maria; CARVALHO, Ananda (Orgs.) Sobre Artistas como Intelectuais Púbicos: respostas a Simon Sheik. São Paulo: Selo Prólogo e Casa Tomada, 2012, p. 6-7.

Cf. SHEIK, 2009.

Cf. MOUFFE, Chantal. Quais espaços públicos para práticas de arte crítica? Revista Arte & Ensaios, n. 27, Dez.2013.

Cf. RIBEIRO, Gisele. Para além da comunidade opaca e da esfera pública transparente. In: CIRILLO, José; KINCELER, José Luiz; OLIVEIRA, Luiz Sérgio de. Outro ponto de vista: práticas colaborativas na arte contemporânea. Programa de Pós-Graduação em Artes da UFES, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UDESC e Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da UFF, 2014, p. 11-12.

Cf. Paulo Sérgio Duarte sobre a exposição “Lygia Clark: uma retrospectiva (2012)”, realizada no Itaú Cultural, em São Paulo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=baPumEKFK40>. Acesso em: 09 Set.2017.

Cf. SHEIK, 2009, p. 83.

Cf. BASBAUM, Ricardo. Abriendo un happening de Allan Kaprow, self-service (1966), en 2014 - una conferencia de Ricardo Basbaum en bulegoa z/b. Eremuak #1, outubro 2014, p. 28-33.

Cf. TASCA, Fabíola. Sobre as regras do jogo da arte contemporânea: da participação à implicação. In: FREITAS, Verlaine...[et al.] (Orgs). Gosto, interpretação & crítica volume 1. Belo Horizonte: Relicário, 2014, p. 67-76.

Cf. TASCA, Fabíola. 12 imagens guardadas: procedimento jogo -- conexões entre artista, instituição e público. Revista Arte & Ensaios, nº 33, Julho 2017. p. 166-177.

Cf. BASBAUM, 2014, p. 28-33.

As edições de número 1, 2, 4, e 5 do em obra project foram desenvolvidas no contexto de projetos de pesquisa acadêmica conduzidos através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UEMG, por meio do programa de apoio à pesquisa da própria universidade e das agências de fomento FAPEMIG e CNPq.

O termo “performativo” faz referência a John Langshaw Austin, para quem determinadas frases verbais instauram ações. Frases que se contrapõem às frases constatativas - aquelas que ao serem proferidas, resultam em uma descrição. As frases performativas não descrevem ações, mas as realizam. Os exemplos que Austin oferece nos permitem perceber que expressar uma oração, desde que nas circunstâncias apropriadas, não é descrever ou enunciar que se está fazendo alguma coisa: é fazê-la: a)‘Sim, juro [desempenhar o cargo com lealdade, honradez etc.]', expressado no curso de uma cerimônia de posse; b) ‘Batizo este barco Queen Elizabeth', expressado ao romper uma garrafa de champanhe contra a proa; c) ‘Deixo este relógio ao meu irmão', como cláusula de um testamento. Cf. TASCA, Fabíola. Santiago Sierra: performer? In:_______. Por um conceito do político na arte contemporânea: o Fator Santiago Sierra. 2011 -- Tese (Doutorado em Artes) Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011, p. 154-175.

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Publicado

11-04-2019

Edição

Seção

Artigos