Paleoecologia e Paleogeografia dos Moluscos e Equinoides da Formação Romualdo, Aptiano–Albiano da Bacia do Araripe, Brasil

Authors

  • Priscilla Albuquerque Pereira Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Geologia, Laboratório de Paleontologia, Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Cidade Universitária,1235, 50740-533, Recife, PE, Brasil
  • Rita de Cassia Tardin Cassab Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Avenida Athos da Silveira Ramos, 274, 21910-900, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Alcina Magnólia Franca Barreto Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Geologia, Laboratório de Paleontologia, Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Cidade Universitária,1235, 50740-533, Recife, PE, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2017_2_180_198

Keywords:

Aptiano-Albiano, bacia do Araripe, Formação Romualdo, gastrópodos, biválvios, equinoides, associações faunísticas marinha, lagunar e estuarina.

Abstract

A influência marinha no Aptiano-Albiano da bacia sedimentar do Araripe, sempre foi sugerida a partir de fósseis de vários grupos taxonômicos como os equinoides e diversos moluscos gastrópodos e biválvios. Apesar da Formação Romualdo apresentar assembleias com fósseis desses invertebrados, relevantes para a indicação dessa influência marinha durante o Aptiano-Albiano, passaram muitos anos sem receber estudos apropriados. Somente após os recentes trabalhos feitos tanto com os equinoides como os moluscos ali representados possibilitou a análise paleoecológica dessas assembleias. Esses estudos possibilitarão configurar uma possível rota dessa incursão marinha ocorrida no início da formação do Oceano Atlântico. Nesse trabalho foram analisados fósseis de invertebrados de vinte sítios da Formação Romualdo, distribuídos ao longo da bacia do Araripe em Pernambuco, Ceará e no Piauí. A partir deste estudo foram feitas inferências paleoecológicas, bem como a distribuição paleogeográfica da fauna mostrando prováveis ambientes de sedimentação marinho, lagunar e estuarino, mostrando as possíveis entradas do mar na bacia. Foram constatadas espécies em comum com o Albiano da bacia de Sergipe e com a Formação Codó, no Maranhão. Essa associação de invertebrados marinhos é composta predominantemente pelos equinodermos: Pygurus (Echinopygus) tinocoi e Bothryopneustes araripensis, pelos gastrópodos: Tylostoma ranchariensis, Cerithium sergipensis, Paraglauconia (Diglauconia) araripensis e pelos biválvios: Aguileria dissita e Brachidontes araripensis. Já na associação lagunar predominam gastrópodos Paraglauconia (Diglauconia) araripensis, Gymnentome (Gymnentome) romualdoi, Gymnentome (Craginia) beurleni, "Pseudomesalia" ("Pseudomesalia") santanensis, "Pseudomesalia" ("Pseudomesalia") "mennessieri", Cerithium sergipensis e Tylostoma ranchariensis e ausência de equinoides. Na estuarina predominam os biválvios Brachidontes araripensis e Corbula sp.

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Published

2019-05-13

Issue

Section

Article