Diretrizes para Implantação de Recarga Artificial de Aquíferos no Domínio dos Cerrados do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11137/1982-3908_2021_44_35827Keywords:
Técnicas de recarga artificial, gestão de aquíferos, solosAbstract
Este trabalho tem como objetivo apresentar as diretrizes para a implantação ordenada, efetiva e volumetricamente significativa de sistemas de recarga artificial em regiões com padrão climático dos cerrados. A recarga natural e artificial nestas regiões é controlada pela forte sazonalidade do clima, pela natureza variável da geologia (diversidade de substratos rochosos), pelo contexto geomorfológico (padrão de relevo variável) e tipos de solos contrastantes. Para a recarga artificial são considerados três sistemas para indução da infiltração das águas de chuva: caixas de recarga, trincheiras de recarga e calhas de recarga. Nos três casos a água da chuva deve ser captada de coberturas de edificações com auxílio de calhas e tubulações e deve ser direcionada para os sistemas preenchidos por cascalho que resultam em condições de elevada permeabilidade que tem a função de induzir a infiltração da água no solo. Mesmo que considerada por legislação específica, a implantação da recarga artificial de forma ampla necessita da participação dos usuários e demais parcerias. O presente trabalho apresenta os conceitos e formas de aplicação de recarga artificial dos aquíferos, os critérios de viabilidade para a recarga artificial e as formas de operacionalização para áreas situadas em zonas de clima úmido e subúmido. A instalação eficaz e em taxas significativas deverá trazer inúmeras vantagens na gestão dos recursos hídricos, incluindo: aumento da disponibilidade hídrica nos aquíferos, manutenção de vazões de nascentes, diminuição do escoamento de águas superficiais, redução do risco de enchentes e diminuição dos processos erosivos, dentre outros.
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