Caracterização Hidrodinâmica do Aquífero Batalha na Região Noroeste de Minas Gerais

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11137/1982-3908_2021_44_36700

Keywords:

Aquífero Batalha, Porosidade Intergranular, Caracterização hidrodinâmica

Abstract

O Aquífero Batalha corresponde a um reservatório subterrâneo livre, intergranular, isotrópico e homogêneo, hospedado em material inconsolidado, que ocorre entre os municípios de Paracatu/MG e Guarda-Mor/MG, disposto em um trend estrutural N-S com área total estimada de 745 km². Dados de 220 poços tubulares indicam que o Aquífero Batalha apresenta vazão média de 45,5 m3/h, descarga obtida em poços relativamente rasos, com profundidade média de 42,5 m e média de espessura saturada de 33 m. A zona não saturada do aquífero é constituída principalmente por latossolos argilosos com condutividade hidráulica da ordem de 10-4 m/s em superfície, sotoposta a uma espessa camada de solo residual argiloso e saprolito arenoso formado pelo intemperismo de filitos e quartzitos da Formação Serra da Batalha, do Grupo Canastra. Os parâmetros hidrodinâmicos obtidos para a zona saturada correspondem a uma condutividade hidráulica de 3,6 x 10-5 m/s, uma transmissividade de 9,5 x 10-4 m²/s e uma vazão específica (Sy) média de 0,2. A compilação dos dados hidrodinâmicos somados às informações geológicas, geomorfológicas e pedológicas permitiram a caracterização do Aquífero Batalha, bem como permitiram a definição de seus limites. Este aquífero pode ser considerado uma anomalia regional por apresentar vazões elevadas em poços rasos que, apesar do bombeamento expressivo, ainda não está sob regime de sobrexplotação.

References

ABGE. 1996. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. Ensaios de permeabilidade em solos - orientações para execução no campo. 3ª ed. Boletim, n. 4, 35p.

Bernardo, S. 1986. Manual de irrigação. Viçosa, UFV, 596p.

Dardenne, M.A. 2000. The Brasília Fold Belt. In: CORDANI, U.G., MILANI, E.J., THOMAZ FILHO, A., CAMPOS, D.A. (Eds.), Tectonic Evolution of South America. Rio de Janeiro, 31st International Geological Congress, p. 231-263.

Braga, A.C.O. 2016. Geofísica aplicada: métodos geoelétricos em hidrogeologia. Oficina de Textos, 160p.

Elis, V.R. 1998. Avaliação da aplicabilidade de métodos elétricos de prospecção geofísica no estudo de áreas utilizadas para disposição de resíduos. Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Campus de Rio Claro - SP, Tese de Doutorado, 264p.

Fetter, C.W. 1994. Applied Hydrogeology. Person Education International. New Jersey, 691p.

Fiori, J.P.O. 2010. Avaliação de métodos de campo para a determinação de condutividade hidráulica em meios saturados e não saturados. Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, Universidade de Brasília, Dissertação de Mestrado,107p.

Fitts, C.R. 2002. Groundwater science. Elsevier, 435p.

Freeze, R.A. & Chery, J.A. 1979. Groundwater: Englewood Cliffs. New Jersey, 588p.

Freeze, R.A. & Chery J.A. 1996. Groundwater. Prentice Hall, New York, 604 p.

Lima, O.A.L. 2010. Estruturas geoelétrica e hidroquímica do sistema aquífero cristalino da Bacia do Alto Rio Curaçá, semiárido da Bahia. Revista Brasileira de Geofísica, 28(3):445-461.

Neuman, S.P. 1975. Analysis of pumping test data from anisotropic unconfined aquifers considering delayed gravity response. Water Resources Research, 11(2): 329-342.

Santos, E.D. & Ribeiro, A.G. 2004. Clima e agricultura no município de Coromandel (MG). Caminhos de Geografia, 8(13): 122-140.

Telford, W.M.; Geldart, L.P.& Sheriff, R.E. 1990. Applied Geophysics. Second Edition, Cambridge University Press, United Kingdom, 770p.

Published

2021-04-09

Issue

Section

Geology