Estimativa do Tempo de Renovação da Água do Complexo Lagunar da Baixada de Jacarepaguá Através de Modelagem Numérica

Autores

  • Luana Riscado de Carvalho Pinto Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Alessandro Filippo Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Lucio Silva de Souza Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Alexandre Macedo Fernandes Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Itamar Almeida de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Camila Guedes Viana Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.
  • Ana Lúcia Travassos Romano Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física, Laboratório de Oceanografia Física (LABOFIS). Rua São Francisco Xavier, 524 – 4o andar, Bloco F, sala 4126-F, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_3_289_298

Palavras-chave:

Lagunas costeiras, Modelagem numérica, Tempo de residência, MOHID

Resumo

O Complexo Lagunar da Baixada de Jacarepaguá (CLBJ), situado ao sul do município do Rio de Janeiro formado por 5 lagunas costeiras, apresenta um sistema estuarino complexo e altamente produtivo, que sustenta uma rica biodiversidade de plantas aquáticas e animais. O acelerado processo de urbanização ao seu entorno, tem acarretado um intenso processo de eutrofização e assoreamento desses corpos d’água, e que precisa ser melhor compreendido. Assim, o presente trabalho teve como objetivo calcular o tempo de residência (TR) das águas do Complexo através da utilização de um modelo numérico computacional, o MOHID - Water Modelling System. Inicialmente foram feitos testes para se avaliar as respostas do modelo frente os diferentes forçantes, introduzindo primeiramente apenas a maré e posteriormente a descarga dos rios e o regime de vento local. O estudo do TR das águas do complexo foi feito pela implementação do modelo hidrodinâmico acoplado ao modelo de transporte lagrangeano. O cenário construído para simulação considerou os principais forçantes que regem a hidrodinâmica do sistema, maré, descarga dos principais tributários e regime de vento local (hipotético). Os resultados de elevação de nível d’água e circulação obtidos se mostraram bem satisfatórios, com grande semelhança aos dados coletados em campo e com estudos pretéritos. Revelando um alto TR, atingindo uma taxa de renovação máxima de apenas 23% durante o período de 30 dias de simulação, o Canal da Joatinga e a Lagoa de Camorim foram as áreas que apresentaram menor TR, de 7 dias e 12 dias, respectivamente, para uma taxa de renovação de aproximadamente 92%. Para as demais regiões, durante todo o período da simulação, valores de taxa de renovação que variaram entre 59% para Lagoa da Tijuca a 0% para a Lagoa de Marapendi. O regime de troca hídrica das regiões próximas a desembocadura do CLBJ é controlado pelo regime de maré enquanto as regiões mais interiores possuem maior influência dos agentes continentais.

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Publicado

2019-12-21

Edição

Seção

Artigos