Petrograia dos Calcários Recifais da Formação Tambaba (Eoceno), Bacia da Paraíba, Brasil

Autores

  • Vladimir de Araújo Távora Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências, Faculdade de Geologia, Laboratório de Paleontologia, Rua Augusto Correa 01, Bairro Guamá, Caixa Postal 1611, 66075-110, Belém, PA, Brasil.
  • Jaime Joaquim Dias Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências, Faculdade de Geologia, Laboratório de Paleontologia, Rua Augusto Correa 01, Bairro Guamá, Caixa Postal 1611, 66075-110, Belém, PA, Brasil.
  • Osvaldo José Correia Filho Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Geologia, Laboratório de Sismoestratigrafia, Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n, 50740-530, Cidade Universitária, Recife, PE, Brasil.
  • José Antônio Barbosa Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Geologia, Laboratório de Sismoestratigrafia, Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n, 50740-530, Cidade Universitária, Recife, PE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2017_3_340_358

Palavras-chave:

Formação Tambaba, Microfácies deposicionais, Recife

Resumo

Este trabalho trata sobre a caracterização petrográfica dos calcários recifais da Formação Tambaba. Foi identificada a microfácies biomicrito dolomitizado nas camadas correspondentes ao estágio colonização de acreção recifal, enquanto no estágio diversificação as microfácies pelbiomicrito dolomitizado, biomicrito dolomitizado e biolitito dolomitizado (núcleo recifal), biomicrito dolomitizado (superfície de superposição recifal), biointramicrito e biointramicrito dolomitizado (lancos recifais). Por fim, no estágio domínio foi reconhecida a microfácies pelbiomicrito. Os depósitos carbonáticos recifais constituem uma sequência regressiva provavelmente formada em plataforma muito rasa em condições de baixo influxo de sedimentos, durante o estágio de estabilização do nível de base na posição mais baixa do nível do mar em sistema de trato baixo. Os recifes superpostos e a grande concentração de galerias icnofossilíferas sugerem que este pulso transgressivo foi marcado por lentas oscilações do nível do mar, influenciadas pela queda do nível eustático global, e eventos tectônicos locais nas sub-bacias Alhandra e Miriri. A baixa representatividade numérica fossilífera é resultante da ação intensa dos processos diagenéticos locais principalmente compactação mecânica, dolomitização, dedolomitização, dissolução na rocha como um todo pelos fluidos percolantes e dissolução local de CaCO3 já precipitado nos poros, além da substituição de calcita por sílica, que dissolveram grande parte dos restos de espécimes da biocenose original. Os poucos elementos preservados parecem ser autóctones, representando a composição taxonômica original do recife, sugerindo que a biocenose não foi alterada significativamente.

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Publicado

2019-07-30

Edição

Seção

Artigos