Distribuição e Controle das Fontes de Água Mineral com Elementos Raros (Li, V) no Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Ronaldo Mello Pereira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Geologia Aplicada, Rua São Francisco Xavier, 524, sala 2017A, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Marcelo dos Santos Salomão Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Geologia Aplicada, Rua São Francisco Xavier, 524, sala 2017A, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Enrico Campos Pedroso Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Geologia Aplicada, Rua São Francisco Xavier, 524, sala 2017A, 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_1_167_178

Palavras-chave:

Água mineral, Rio de Janeiro, Terreno khondalítico, Lítio, Vanádio

Resumo

As fontes de águas minerais encontradas no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a proposta aqui apresentada, estão distribuídas segundo quatro domínios tectônicos: Complexo Rio Negro (CRN), Terreno Khondalítico Oriental (TKOr), Terreno Khondalítico Ocidental (TKOc) e Terreno Cabo Frio (TCF). Proporcionalmente, 36% estão associadas ao TKOr, 34% ao CRN, 25% ao TKOc e o restante ao TCF. A quase totalidade das fontes está associada a um substrato constituído por rochas neoproterozoicas graníticas/ortoderivadas e paraderivadas. A grande maioria das fontes produz águas classificadas como fluoretadas, sendo que cerca de 20% delas apresentam composições diferenciadas, tais como magnesiana, litinada, vanádica, alcalino-bicarbonatada, alcalino-terrosa e nitratada. Aparentemente, a composição química das águas relaciona-se mais diretamente com a litologia do que com o ambiente tectônico. As três estâncias hidrominerais do estado e algumas das fontes com águas com composições especiais estão condicionadas às faixas khondalíticas presentes no território fluminense. Nessas faixas a provável fonte do lítio está relacionada às rochas ígneas ou ortoderivadas ácidas, embora o metal, em baixas concentrações (≤ 22 ppm Li), também tenha sido determinado em paragnaisses. Já as prováveis rochas-fontes do vanádio devem corresponder a diabásios relacionados ao Enxame de Diques da Serra do Mar, intrusivos no TKOr, bem como a anfibolitos ortoderivados intercalados nas sequências metassedimentares do TCF ou associados às faixas khondalíticas.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos