Petrografia, Isótopos Estáveis e Geocronologia das Rochas de Praia Beachrocks do Litoral do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste Brasileiro

Autores

  • Julia Varella Malta Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia - PPGL, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, 21941-916, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Laboratório de Geologia Costeira, Sedimentologia e Meio Ambiente – LAGECOST, Quinta da Boa Vista, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • João Wagner Alencar Castro Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia - PPGL, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, 21941-916, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Laboratório de Geologia Costeira, Sedimentologia e Meio Ambiente – LAGECOST, Quinta da Boa Vista, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_1_232_244

Palavras-chave:

Petrografia de beachrocks, Isótopos estáveis de δ18O e δ13C, Cimentação e litificação em beachrocks, Datações ao radiocarbono, Variação do nível relativo do mar

Resumo

As rochas de praia (beachrocks) marcam linhas de costa pretéritas e a constituição sedimentar de paleopraias. Em ambiente de micromarés definem com precisão a posição do nível médio do mar na ocasião do processo deposicional. No segmento central voltado para o quadrante sul do litoral do Estado do Rio de Janeiro foram identificadas diversas ocorrências de beachrocks entre a Ilha do Cabo Frio (Arraial do Cabo) e a Praia da Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), entre a altitude de 1,5 m e a profundidade de - 5,0 m. Nesse trabalho são apresentados novos dados petrográficos, isotópicos e geocronológicos envolvendo essas rochas. Foram identificadas em três categorias em relação ao ambiente de formação: (a) precipitação de calcita magnesiana decorrente de temperaturas elevadas da água do mar; (b) precipitação de calcita magnesiana a partir da mistura de água subterrânea com água do mar e (c) precipitação da calcita magnesiana da água capilar em sedimentos. Dados ao radiocarbono sugerem que os beachrocks foram litificados entre 11.940 - 11.240 a 3130 - 2860 cal anos AP. Este intervalo de tempo denota temperatura da água do mar mais elevada, favorecendo à precipitação da calcita magnesiana e a cimentação dos beachrocks.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos