Tendências de Extremos de Precipitação para o Estado do Espírito Santo

Autores

  • Pedro Pedro Regoto Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia Av. Athos da Silveira Ramos, 274 – Bloco G – Cidade Universitária - 21941-916 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
  • Claudine Dereczynski Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia Av. Athos da Silveira Ramos, 274 – Bloco G – Cidade Universitária - 21941-916 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
  • Wanderson Luiz Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia. Av. Athos da Silveira Ramos, 149 - Cidade Universitária - 21941-909 Rio de Janeiro - RJ, Brasil. Av. Horácio Macedo, 354 - Cidade Universitária 21941-911 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
  • Rhavena Santos Fundação Oswaldo Cruz Minas, Instituto René Rachou - Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto 30190-002 Belo Horizonte - MG, Brasil
  • Ulisses Confalonieri Fundação Oswaldo Cruz Minas, Instituto René Rachou - Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto 30190-002 Belo Horizonte - MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_1_365_381

Palavras-chave:

Mudanças climáticas, Climatologia, Chuva, Região Sudeste do Brasil

Resumo

Neste trabalho elaboram-se análises da variabilidade espacial das tendências dos indicadores de extremos de precipitação no estado do Espírito Santo (ES). Além disso, são analisadas as climatologias (1971-2010) de indicadores de tais extremos. O objetivo é detectar possíveis mudanças no comportamento da precipitação, a fim de contribuir com medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Para isso são utilizadas séries de chuva diária, com mais de 40 anos de dados, coletados em 80 postos da Agência Nacional de Águas localizados no ES. Os 5 indicadores anuais analisados neste trabalho são: total pluviométrico (PRCPTOT); percentil 95 da precipitação diária (R95p); máxima precipitação em 5 dias consecutivos (RX5day); número de dias do ano em que a precipitação diária é igual ou superior a 30 mm (R30mm) e número máximo de dias secos consecutivos no ano (CDD). Os resultados referentes às climatologias dos indicadores mostram que os máximos de PRCPTOT se encontram à barlavento da Serra do Castelo (2097 mm) e sobre a Serra do Caparaó (1890 mm). PRCPTOT é reduzida em direção ao norte do estado, onde um mínimo de 873 mm ocorre sobre o sul da mesorregião Noroeste, uma área afastada do oceano e à sotavento da Serra do Castelo. A distribuição espacial dos demais índices de precipitação acompanham o padrão descrito para PRCPTOT, ou seja, máximos (mínimos) de R95p, RX5day e R30mm e mínimo (máximo) de CDD sobre as regiões serranas (mesorregiões Noroeste e Litoral Norte). A frequência e intensidade dos dias chuvosos e da precipitação diária extrema estão aumentando no estado do Espírito Santo, principalmente na região sul. Além disso, aumentos em CDD predominam no estado, indicando um prolongamento da estação seca e, portanto, uma má distribuição da precipitação ao longo do ano.

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Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos