Caminhando Sobre o Passado no Museu do Amanhã
DOI:
https://doi.org/10.11137/2018_1_382_400Palavras-chave:
Fóssil, Museu do Amanhã, GeoturismoResumo
Roteiros de observação de aspectos paleontológicos e geológicos nas fachadas e pisos de construções são muito difundidos em vários lugares do mundo e atualmente estão cada vez mais presentes no Brasil. Esse geoturismo urbano permite levar as pessoas para conhecer a geodiversidade sem a necessidade de estar no afloramento in situ. O Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, nº 1, Centro do Rio de Janeiro, apresenta como revestimento interno e parte do revestimento externo um calcário de coloração que varia de bege a marfim. Esse calcário, proveniente da Formação Jandaíra, Cretáceo Superior da Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil, está repleto de fósseis de moluscos gastrópodes. O presente trabalho descreve os fósseis encontrados no piso dentro e ao redor do Museu do Amanhã e propõe um roteiro geoturístico e um folder explicativo. Para elaboração do roteiro foram selecionados oito pontos baseados em quatro aspectos: a) quantidade de fósseis por laje, b) diversidade taxonômica, c) melhor estado de preservação dos fósseis, d) diferentes tipo de fossilização e e) diferenças paleoambientes. Os fósseis identificados no percurso são os seguintes moluscos gastrópodes: Plesioptygmatis Böse, 1906 e Nerinea Deshayes, 1827 (Nerineidae), Tylostoma Sharpe, 1849 (Naticidae), Trochactaeon Meek, 1863 (Trochacteonidae) e Família Fasciolariidae (gênero indeterminado). Como o Museu do Amanhã trabalha exposições relacionadas ao tempo passado, atual e futuro, é possível durante o percurso inserir informações sobre tempo geológico e discutir esse tema de forma mais abrangente. Além disso, esse roteiro, juntamente com o folder explicativo, permitirá os mediadores desenvolverem o conteúdo paleontológico nas visitas guiadas de escolas e público em geral, aproveitando o espaço para diversificar a divulgação científica.Downloads
Publicado
2019-09-09
Edição
Seção
Artigos
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