Tendência do Índice Hídrico Sazonal do Rio Grande do Sul e Sua Relação com El Niño e La Niña

Autores

  • Ana Paula Assumpção Cordeiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves, 9500, Setor 5, Prédio 44202, 91501-970, Bairro Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Moacir Antonio Berlato Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, Av. Bento Gonçalves, 7712, 91540-000, Bairro Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Rita de Cássia Marques Alves Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves, 9500, Setor 5, Prédio 44202, 91501-970, Bairro Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_3_216_226

Palavras-chave:

Balanço hídrico, Déficit hídrico, Variabilidade climática, Mudança climática

Resumo

Tendo em vista as tendências observadas nas variáveis meteorológicas originais, principalmente precipitação pluvial, insolação (brilho solar) e temperatura, nas últimas décadas, no Rio Grande do Sul, este trabalho teve como objetivos: analisar a tendência do índice hídrico (IH) sazonal, derivado do balanço hídrico seriado e relacioná-lo com El Niño e La Niña, bem como quantificar a frequência de IH considerados críticos em relação à disponibilidade hídrica (IH≤0,6), no período de 1979-2009. Na média do Estado houve aumento linear do IH, estatisticamente significativo, na primavera, associado à maior precipitação pluvial nesta estação do ano. Na primavera, 86% das estações meteorológicas apresentaram aumento do IH, sendo 58% destas com sinais estatisticamente significativos. Eventos El Niño determinaram maiores IH e eventos La Niña, menores IH, no verão e na primavera, com destaque para El Niño, com IH maior em 86% dos casos na primavera e 77% dos casos no verão. Na metade sul do Estado houve alta frequência de ocorrências de IH≤0,6, por dois ou mais meses consecutivos, principalmente em dezembro e janeiro. Estes resultados confirmam as limitações hídricas na metade sul do Estado para as culturas de primavera-verão não irrigadas e servem de subsídio para o manejo do calendário agrícola, quando da previsão de El Niño ou La Niña.

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Publicado

2019-10-16

Edição

Seção

Artigos