Ilmenitas Manganesíferas e suas Implicações para Kimberlitos Diamantíferos: Estudo de Caso no Dique Kimberlítico de Aroeira, Província Kimberlítica Nordestina, Bahia

Autores

  • Matheus Andrade Nascimento Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia. Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral. Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, 40.170-290 Salvador, Bahia
  • Débora Correia Rios Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia. Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral. Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, 40.170-290 Salvador, Bahia
  • Ivanara Pereira Lopes dos Santos Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia. Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral. Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, 40.170-290 Salvador, Bahia Serviço Geológico do Brasil - CPRM, Av. Ulisses Guimarães, 2868. 41.213-000 Salvador, Bahia
  • Herbet Conceição Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geologia. Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral. Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, 40.170-290 Salvador, Bahia Universidade Federal de Sergipe – UFS. Programa de Pós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias, Complexo Laboratorial Multiusuários da UFS. Galpão das Geociências, 49.100-000 São Cristóvão, Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.11137/2018_3_658_671

Palavras-chave:

Dique Kimberlítico Aroeira, Ilmenita, Minerais Indicadores de Kimberlitos

Resumo

As ilmenitas avaliadas neste estudo ocorrem no dique Orangeítico/Lamproítico Aroeira, até então a única ocorrência de kimberlito em situação off-craton na Província Kimberlítica Nordestina, Núcleo Arqueano Serrinha, Cráton do São Francisco. Estudo de difratometria de raios-X permitiram identificar duas fases cristalográficas de ilmenita no corpo Aroeira: (i) uma no polo Fe-Ti, e (ii) outra no polo Ti- Mn. Análises por microscópio eletrônico acoplado a um analisador de energia dispersiva (EDS) demonstram que estes cristais formam uma solução sólida contínua, que apresenta baixos teores de MgO e riqueza em V2O5, com núcleos mais ricos em MnO e bordas enriquecidas em FeO. Mn-ilmenita é uma fase mineral primária que se cristaliza em condições estáveis no manto inferior e/ou zona de transição manto-núcleo, um importante mineral indicador da presença de diamantes em kimberlitos. Os cristais de Mn-ilmenita do kimberlito Aroeira são quimicamente correlacionáveis às inclusões de ilmenita em diamantes do Kimberlito Pandrea, Campo de Juína, Mato Grosso, para os quais se advoga uma fonte mantélica super-profunda (>660km), na transição manto-núcleo. Estas similaridades sugerem que as condições do manto para a geração da ilmenita Aroeira são similares àquelas do manto parental da ilmenita Juína. Os trabalhos prospectivos preliminares realizados em Aroeira reforçam esta interpretação, comprovando o potencial para diamantes de Aroeira.

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Publicado

2019-10-16

Edição

Seção

Artigos