Análise Sinótica de um Período Frio em Bauru - SP em Julho de 2015

Autores

  • Bruno César Capucin Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências. Avenida Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa, 170333-60 - Bauru, SP – Brasil
  • Marta Llopart Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências / Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet). Avenida Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa, 17033-360 - Bauru, SP - Brasil
  • Michelle Simões Reboita Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Instituto de Recursos Naturais Avenida BPS, 1303 Pinheirinho, 37500-903 – Itajubá, MG - Brasil
  • Clara Miho Narukawa Iwabe Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências / Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet). Avenida Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa, 17033-360 - Bauru, SP - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_53_65

Palavras-chave:

Onda de frio, Análise sinótica, Bauru

Resumo

Os primeiros dez dias do mês de julho de 2015 em Bauru, SP, apresentaram temperaturas baixas com um declínio mais acentuado no dia 05. Portanto, o objetivo desse estudo foi descrever as características da atmosfera que conduziram a esse declínio da temperatura no dia 05. Para isso, utilizaram-se dados da reanálise ERA-Interim com resolução horizontal de 0,75° x 0,75°. Foram construídas e analisadas as cartas sinóticas de 2 dias antes a dois dias após o dia de menor temperatura, bem como de outros campos atmosféricos. No período que antecede a maior queda de temperatura em Bauru, há uma onda no escoamento de oeste em 500 hPa que se propaga pelo oceano Pacífico Sul. Quando esse sistema cruza os Andes, ocorre a formação da onda frontal em superfície que juntamente com o anticiclone migratório causam advecção horizontal da massa de ar frio que influenciou o tempo em grande parte do Brasil no início do mês de julho de 2015. Considerando o padrão de onda em 500 hPa, a amplificação da crista pela intensa advecção quente no lado sudoeste da alta pós-frontal, em conjunto com a redução da advecção de vorticidade relativa negativa (positiva) a leste do cavado (crista) e os baixos valores de vorticidade potencial na região do cavado tiveram participação no lento deslocamento da onda, o que contribuiu para a maior permanência da alta pós-frontal no oceano Atlântico e, portanto, para um predomínio do transporte de ar mais frio em direção ao interior do Estado de São Paulo.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos