Análise de Índices de Extremos Climáticos no Nordeste e Amazônia Brasileira para o Período entre 1980 a 2013

Autores

  • Pollyanne Evangelista da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, 59078-970, Natal/RN/Brasil
  • Cláudio Moisés Santos e Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, 59078-970, Natal/RN/Brasil
  • Maria Helena Constantino Spyrides Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, 59078-970, Natal/RN/Brasil
  • Lára de Melo Barbosa Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, 59078-970, Natal/RN/Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_2_137_148

Palavras-chave:

Climdex, Precipitação intensa, Seca, Temperatura

Resumo

No Brasil, para as regiões da Amazônia (AMZ) e Nordeste do Brasil (NEB) os eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais (inundações e cheias) e secas severas, se alternam numa distribuição espacial e temporal. As enchentes ou inundações e secas afetam a qualidade e acesso a água que por sua vez podem agravar a saúde da população através de doenças, além dos aspectos sociais e econômicos. Dessa forma, o objetivo do estudo é analisar as tendências de indicadores de extremos climáticos relacionados a temperatura do ar e precipitação na AMZ e NEB. Os resultados revelaram possíveis mudanças climáticas local para determinados locais da AMZ e NEB, sendo as maiores mudanças para os índices de temperatura. Observou-se que 48 mesorregiões indicam aumento para os índices TXx (valor mensal máximo de temperatura máxima diária), seguido do índice TX90p (dias quentes), com 47 mesorregiões, TNx (valor mensal máximo de temperatura mínima diária) e redução para TX10p (dias frios) com 42 mesorregiões. Em relação aos índices de precipitação para AMZ e do NEB, observou-se que houve mudanças em 20 ou mais mesorregiões, principalmente para os índices R20mm (dias com precipitação ≥ 20 mm), CDD (dias consecutivos secos), R95p (dias úmidos) e PRECPTOT  (precipitação total anual em dias úmidos) com tendência positiva e RX5day (máxima de precipitação em 5 dias consecutivos) com tendência negativa. A região do NEB apresenta as maiores reduções para os índices de precipitação e o maior aumento para a temperatura e, dias e noites quentes. Ainda de acordo com os resultados, dos 21 índices selecionados de acordo com as características da AMZ e NEB, foi possível observar que a mesorregião com os maiores indícios de mudanças climáticas trata-se do Sertão Sergipano com ocorrência 20 índices significativos, seguido do Sul de Roraima com 16 índices. No entanto, há um somatório de fatores como o desmatamento, mau uso do solo, dentre outros, que devem ser considerados que podem estar trazendo implicações no clima local destas regiões em estudo.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos