Análise Sinótica de um Caso de Precipitação Extrema Ocorrida na Cidade de Pelotas (RS) em Janeiro de 2009

Autores

  • Yasmany Guanche Palenzuela Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Avenida Aprígio Veloso 882, 58429-900, Bairro Universitário, Campina Grande, PB, Brasil
  • Mateus da Silva Texeira Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Av. Engenheiro Ildefonso Simões Lopes 2751, Arco-Íris, 96060-290, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Dayana Rabelo Toledo Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Avenida Aprígio Veloso 882, 58429-900, Bairro Universitário, Campina Grande, PB, Brasil
  • Magaly de Fatima Correia Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Avenida Aprígio Veloso 882, 58429-900, Bairro Universitário, Campina Grande, PB, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_2_259_273

Palavras-chave:

Chuvas intensas, Ciclone subtropical, Ciclogênese

Resumo

Este estudo tem como principal objetivo analisar as condições sinóticas do evento de chuva extrema ocorrido no município de Pelotas, RS, durante o dia 28 de janeiro de 2009. Os totais de precipitação em 24 horas em todo o município superaram os 100 mm, sendo que a maior quantidade foi registrada na Estação Experimental Cascata com 556 mm das 12 UTC do dia 28 até as 12 UTC do dia 29 de janeiro de 2009, acumulado bem significativo e pouco comum de acontecer. A análise sinótica das condições atmosféricas demonstrou que o principal fator para a ocorrência das chuvas intensas foi um processo de ciclogênese que apresentou uma forte convergência do vento em baixos níveis, levando a uma forte convergência de fluxo de umidade na camada 1000-700 hPa. Esse processo ocorreu num ambiente com fraca baroclinia, resultando em advecção quente inexpressiva, e também fraca advecção de vorticidade em níveis médios. Perfis termodinâmicos indicaram condições fortemente instáveis, mas com fraco cisalhamento vertical do vento, que pode ter colaborado para uma maior eficiência de precipitação. Nas cartas sinóticas observa-se uma posterior formação de um ciclone com características subtropicais, mas que não colaborou para a chuva observada.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos