Caracterização da Banda Dupla da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) no Oceano Atlântico

Autores

  • Thales Alves Teodoro Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Recursos Naturais, Avenida BPS, 1303, 37500-903, Pinheirinho, Itajubá, MG, Brasil
  • Michelle Simões Reboita Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Recursos Naturais, Avenida BPS, 1303, 37500-903, Pinheirinho, Itajubá, MG, Brasil
  • Gustavo Carlos Juan Escobar Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, Rodovia Presidente Dutra km 39, 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_2_282_298

Palavras-chave:

Palavras-chave, Atlântico Tropical, Composições, Variáveis atmosféricas

Resumo

Vários estudos têm documentado a presença da banda dupla (BD) da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) no oceano Pacífico, enquanto que no oceano Atlântico, mesmo sabendo-se da existência desse fenômeno, praticamente não há literatura. Diante disso, o presente estudo tem como objetivos: identificar a ocorrência da BD no oceano Atlântico Tropical nas estações de verão e outono, no período de 2010 a 2017; determinar composições de diferentes variáveis atmosféricas para dias com BD e para dias sem BD a fim de indicar diferenças entre composições e avaliar uma hipótese que tenta explicar o processo de formação das BDs no oceano Atlântico. Para identificar os casos de BD foram utilizadas as cartas sinóticas de superfície elaboradas pelo Grupo de Previsão do Tempo (GPT) do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), imagens de satélite e dados da reanálise European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) Re-Analysis (ERA-Interim). Entre os resultados têm-se que as BD são mais frequentes e duradouras nos meses de março e abril e que as duas bandas se distanciam em cerca de 4º de latitude. Nas composições dos casos de BD, as variáveis convergência de massa a 10 metros de altura e radiação de onda longa emergente são as que melhor destacam esse fenômeno. Na comparação das composições dos casos com e sem BD dessas variáveis, predominam anomalias negativas e estatisticamente significativas a sul do equador. A hipótese testada para explicar a formação das BD no oceano Atlântico Tropical foi parcialmente comprovada.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos