Análise de Biofácies de Foraminíferos Bentônicos em Testemunhos da Plataforma Continental – RJ, Brasil

Autores

  • Fábio Esteves Rangel Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências – Laboratório MicroCentro, Departamento de Geologia. Av. Athos da Silveira Ramos, 274. Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-916, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Claudia Gutterres Vilela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências – Laboratório MicroCentro, Departamento de Geologia. Av. Athos da Silveira Ramos, 274. Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-916, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Antônio Tadeu dos Reis Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Faculdade de Oceanografia. R. São Francisco Xavier, 524 - Sala 1006 A - Maracanã, 20550-900, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
  • Taísa Camila Silveira de Souza Departamento de Geologia, LAGEMAR, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geofísica Marinha. Av. Gen. Milton Tavares de Souza s/nº - Gragoatá, 24210-346 Niterói, Brasil
  • Raiane Gomes Tardin Cavalcanti do Poço Departamento de Geologia, LAGEMAR, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geofísica Marinha. Av. Gen. Milton Tavares de Souza s/nº - Gragoatá, 24210-346 Niterói, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_217_230

Palavras-chave:

Paleoambiente, Deposição sedimentar, Datação, Biofácies

Resumo

O objetivo do presente trabalho consiste em observar mudanças paleoambientais na região da plataforma externa entre a baía de Guanabara e Cabo Frio (RJ) através da análise de foraminíferos bentônicos. Foram estudadas amostras distribuídas em dois testemunhos Prima 2 e SEC 1, perpendiculares à costa, provenientes de duas isóbatas (137 m e 121 m) respectivamente. Os testemunhos com sedimentos predominantemente lamosos (Prima 2) e arenosos (SEC 1) apresentaram grande riqueza de espécies e abundância de foraminíferos. Através de análises de agrupamento foi possível identificar uma biofácies no testemunho Prima 2 e duas biofácies no testemunho SEC 1. Os padrões de distribuição vertical das espécies de foraminíferos nos testemunhos mostraram-se bastante variáveis, como resultado da resposta dos organismos às condições de deposição durante os últimos 25 mil anos A.P. Resultados de datação radiométrica (14C AMS) do testemunho Prima 2 revelaram que o mesmo possui sedimentos depositados antes do Último Máximo Glacial e que o testemunho SEC 1 é inteiramente transgressivo, sendo composto por depósitos pós-LGM datados tanto do Pleistoceno-Tardio quanto do Holoceno. O padrão de distribuição espacial dos foraminíferos está fortemente associado à profundidade, aos sedimentos, à disponibilidade e qualidade de matéria orgânica.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos