Sistemas Convectivos de Mesosescala Associados a Eventos Extremos de Precipitação Sobre o Semiárido do Nordeste do Brasil

Autores

  • Micejane da Silva Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas, Escola de Ciências e Tecnologia. Campus Universitário, 59.078-970, Lagoa Nova, Natal - RN, Brasil
  • Kellen Carla Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas, Escola de Ciências e Tecnologia. Campus Universitário, 59.078-970, Lagoa Nova, Natal - RN, Brasil
  • Weber Andrade Gonçalves Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas, Escola de Ciências e Tecnologia. Campus Universitário, 59.078-970, Lagoa Nova, Natal - RN, Brasil
  • Enrique Vieira Mattos Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Recursos Naturais, Avenida BPS, 1303, Pinheirinho, 37.500-903, Itajubá - MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_317_328

Palavras-chave:

ForTraCC, Quantis, Mesoescala

Resumo

Este trabalho apresenta um estudo das características físicas e morfológicas dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) que ocorreram entre os anos de 2010 e 2011 sobre a região Semiárida do Nordeste do Brasil em situações de eventos de precipitação fraca (EPF) e intensa (EPI). Para tanto, foram utilizadas imagens do satélite Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES-12) no canal infravermelho, obtidas a cada 30 minutos, dados esses utilizados pelo Forecasting and Tracking the Evolution of Cloud Clusters (10,7 μm) para identificar, rastrear e determinar as características dos SCM. Além disso, foram utilizados dados de precipitação diária, fornecidos pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para identificação dos eventos extremos, por meio da técnica dos quantis. Os resultados mostraram que os EPI foram mais frequentes que EPF, principalmente no mês de março. Ambos SCM relacionados à EPF e EPI, apresentaram, em sua maioria, formato do tipo irregular. As temperaturas médias do topo da nuvem foram semelhantes (-52ºC), porém as temperaturas mínimas do topo dos SCM tiveram maiores ocorrências nos meses mais quentes, com valor de -79ºC. Os SCM relacionados aos EPI apresentaram maiores tamanhos. A partir desses resultados evidencia-se que os SCM atuantes sobre o Semiárido do Nordeste do Brasil possuem desenvolvimento vertical intenso, possivelmente favorecido pela presença de um ou mais sistemas atmosféricos atuando simultaneamente.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos