Caracterização de Barragens de Rejeito Usando Geofísica Rasa: Aplicação na Barragem B1 de Cajati, São Paulo

Autores

  • Roberto Albuquerque Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisa em Geofísica Aplicada, Avenida Athos da Silveira Ramos, 274, sala G-058, 21.941-916, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Marco Antônio Braga Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisa em Geofísica Aplicada, Avenida Athos da Silveira Ramos, 274, sala G-058, 21.941-916, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Lorena Andrade Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisa em Geofísica Aplicada, Avenida Athos da Silveira Ramos, 274, sala G-058, 21.941-916, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Leonardo Santana de Oliveira Dias Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Centro de Pesquisa em Geofísica Aplicada, Avenida Athos da Silveira Ramos, 274, sala G-058, 21.941-916, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Luis Antônio Pinto Almeida Mosaic Fertilizantes do Brasil Ltda., Rodovia MG 341, km 25, 38.185-000, Tapira, MG, Brasil
  • Arildo Henrique de Oliveira Mosaic Fertilizantes do Brasil Ltda., Rodovia MG 341, km 25, 38.185-000, Tapira, MG, Brasil
  • Silvana Brandão Mosaic Fertilizantes do Brasil Ltda., Rodovia MG 341, km 25, 38.185-000, Tapira, MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_567_579

Palavras-chave:

Barragem, Rejeito, Geofísica

Resumo

Barragens de rejeito são estruturas muito usadas em Mineração. Estas estruturas são monitoradas diariamente por instrumentos como: piezômetros, marcos topográficos e medidores de nível d’água. No Brasil, a utilização de geofísica para avaliação e monitoramento de barragens de mineração não é uma prática usual. A Barragem B1, que faz parte do Complexo Mineroquímico de Cajati (Mosaic Fertilizantes), no estado de São Paulo, foi escolhida para avaliação do uso de eletrorresistividade. O presente trabalho visa discutir os resultados geofísicos desta barragem, assim como, analisar a aplicabilidade do método geofísico como forma de avaliar as condições internas do maciço da estrutura. A Barragem trata-se de um maciço zoneado com septo argiloso impermeável, tendo a jusante um material permeável constituído por rejeitos de calcário. Inicialmente, foram levantados 8 perfis de caminhamento elétrico. Com uma análise desses perfis, observou-se uma zona de baixa resistividade – ZBR nas duas primeiras seções, correspondendo com a cota do aterro argiloso. Estas cotas estão coerentes com o nível de água normalmente observado nos Indicadores de Nível D’água localizados junto à crista da barragem. Foram observadas em algumas seções ZBRs, tanto junto à ombreira direita bem como junto à ombreira esquerda. A fim de aprofundar a investigação a cerca destas ZBRs, uma nova campanha foi feita cobrindo a ombreira esquerda. Através de análises mais profundas dos projetos de engenharia, foi obtida a informação de que foram mantidos os canais de descarga de extravasores antigos, sendo preenchidas por um tapete drenante, passando a servir de drenos. As ZBRs, observadas nas seções, coincidem com estas estruturas, possivelmente condicionadas pela percolação de água. Observa-se que os dados obtidos com a aplicação de Eletrorresistividade estão coerentes com a estrutura do maciço, estando em harmonia com as medições dos instrumentos que monitoram a barragem. A geofísica, como demonstrado, complementa a instrumentação da barragem, dá uma visão ampla sobre a distribuição de umidade no maciço e mostra o seu comportamento em trechos que não são cobertos pela instrumentação usual.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos