Análise de Índices de Instabilidade em Casos de Chuva Intensa, Chuva Moderada e Chuva Fraca/sem Chuva nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil

Autores

  • Luiz Felipe Rodrigues do Carmo Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Geociências – Departamento de Meteorologia. Rua Athos da Silveira Ramos, 274. Cidade Universitária – Ilha do Fundão –21.941-916. Rio de Janeiro-RJ
  • Fernanda Cerqueira Vasconcellos Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Geociências – Departamento de Meteorologia. Rua Athos da Silveira Ramos, 274. Cidade Universitária – Ilha do Fundão –21.941-916. Rio de Janeiro-RJ
  • Wallace Figueiredo Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Geociências – Departamento de Meteorologia. Rua Athos da Silveira Ramos, 274. Cidade Universitária – Ilha do Fundão –21.941-916. Rio de Janeiro-RJ
  • Eduardo Charles Vasconcellos Universidade Federal Fluminense - Instituto de Computação. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. Av. Gal. Milton Tavares de Souza, s/nº. São Domingos – 24.210-346. Niterói- RJ

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_769_782

Palavras-chave:

Índice K, Índice TT, SWEAT, Sistemas frontais, Precipitação

Resumo

Chuvas intensas são eventos de baixa previsibilidade, mas com grande impacto social, causando prejuízos tanto financeiros quanto humanos. Neste ínterim, os índices de instabilidade são uma boa ferramenta para auxiliar os previsores, pois podem indicar se o ambiente atmosférico é ou não propício para a formação de nuvens profundas. Neste trabalho, foi analisado o comportamento de alguns índices de instabilidade para diferentes taxas de precipitação. Foram utilizados os dados SYNOP (1996 a 2014), provenientes de estações meteorológicas das Regiões Sul e Sudeste do Brasil, para as quais também estavam disponíveis os dados das sondagens atmosféricas. Os dados coletados foram categorizados em três intervalos de classe de interesse de acordo com os registros dos acumulados pluviométricos: acima de 60 mm/dia (classe 1 – chuva intensa), entre 60 mm/dia e 5 mm/dia (classe 2 – chuva moderada) e abaixo de 5 mm/dia (classe 3 – chuva fraca/não chuva). Os eventos de chuvas intensas (classe 1) mais frequentes ocorreram associados à atuação de Sistemas Frontais, desta forma optou-se por selecionar, para as três classes, eventos de chuva que estivessem associados à esse sistema. Ao final, 12 eventos de chuvas intensas foram identificados. De forma a uniformizar as classes, foram selecionadas também 12 eventos das classes 2 e 3, onde todos os casos com chuva (fraca e moderada) também estavam associados a Sistemas Frontais. Os casos sem chuva (precipitação igual a zero) da classe 3 não tinham nenhum sistema associado. Foram calculados cinco índices de instabilidade para as três classes de precipitação (12 eventos em cada). Os índices K, Total Totals (TT) e Severe Weather Threat (SWEAT) se destacaram como bons indicadores nos casos de chuvas moderadas a intensas (classes 1 e 2). Os índices Lifted Index (LI), Índice Showalter (IS) e Convective Potential Available Energy (CAPEv), entretanto, não caracterizam bons resultados para os eventos de chuva analisados (associados com sistemas frontais). A análise combinada entre os índices K, TT e SWEAT também se mostrou eficiente como um indicador atmosférico para a ocorrência de chuvas moderadas a intensas.

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Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

Artigos