Influência de Variações Ambientais e da Dinâmica Sedimentar na Distribuição de Foraminíferos no Estuário do Rio Potengi (RN, Brasil)

Autores

  • Cristiane Leão Cordeiro de Farias Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG), Campus universitário, Lagoa Nova, 59072-970, Natal, RN, Brasil
  • Patrícia Pinheiro Beck Eichler Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG), Campus universitário, Lagoa Nova, 59072-970, Natal, RN, Brasil Universidade do Sul de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), Cidade Universitária, Av. Pedra Branca, 25, Palhoça, SC, 88137-270, Brasil
  • Helenice Vital Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG), Campus universitário, Lagoa Nova, 59072-970, Natal, RN, Brasil
  • Moab Praxedes Gomes Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG), Campus universitário, Lagoa Nova, 59072-970, Natal, RN, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_3_112_128

Palavras-chave:

Estuário, Plataforma interna, Foraminíferos bentônicos, Acidez, Granulometria

Resumo

Este trabalho consiste na análise da distribuição espacial de foraminíferos como bioindicadores de stress ambiental e poluição em sedimentos superficiais do estuário Rio Potengi e plataforma adjacente. Foram coletadas 42 amostras nos anos de 2011 e 2012 e aplicadas análises estatísticas univariadas e multivariadas (diversidade, dominância, equitatividade, PCA, CLUSTER e BIOENV) sobre uma matriz de dados bióticos (foraminíferos bentônicos) e abióticos (profundidade, salinidade, temperatura, granulometria, matéria orgânica, CaCO3). O estuário é dominado por foraminíferos calcários hialinos (Ammonia tepida, Hanzawaia boueana) associados às frações arenosas finas, enquanto a plataforma interna é dominada por espécies porcelanáceas (Quinqueloculina lamarckiana, Q. miletti) e aglutinantes (Caronia exilis, Textularia earlandi), associadas à granulometria grossa. A presença de organismos mixohalinos (Caronia exilis e Trochammina spp.) na plataforma indicam contribuição estuarina na composição de sedimentos da plataforma e no transporte de efluentes de esgotos. A granulometria, CaCO3, matéria orgânica, aportes fluviais e marinhos são os principais fatores que influenciam na distribuição dos foraminíferos. Espécies oportunistas (Ammonia tepida, Quinqueloculina patagonica) associadas às granulometria fina e elevados teores de matéria orgânica revelaram locais com poluição crítica dos sedimentos no interior do estuário, onde mantiveram-se constantes nos anos de 2011 e 2012.

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Publicado

2019-12-21

Edição

Seção

Artigos