Associação de Fácies, Litoquímica e Geologia Isotópica da Formação Lagamar (Grupo Vazante, Minas Gerais): uma Plataforma Carbonática no Mesoproterozoico

Autores

  • Carla Sofia de Sousa Marques Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha 31270-901 Belo Horizonte – MG, Brasil
  • Alexandre Uhlein Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências e CPMTC, Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha 31270-901 Belo Horizonte – MG, Brasil
  • Gabriel Jubé Uhlein Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências e CPMTC, Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha 31270-901 Belo Horizonte – MG, Brasil
  • Gustavo Diniz Oliveira Nexa Resources, Vazante - MG, Brasil
  • Alcides Nóbrega Sial Universidade Federal de Pernambuco, NEG-LABISE, Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, 50670-000, Recife - PE, Brasil
  • Carlos José Souza de Alvarenga Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Asa Norte 70910-900 – Brasília - DF, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_4_71_82

Palavras-chave:

Proterozoico, Grupo Vazante, Complexo Recifal

Resumo

A Formação Lagamar representa uma plataforma em um possível contexto extensional onde carbonatos precipitaram em altos estruturais em um mar aberto, na borda do Paleocontinente São Francisco. Esta plataforma é constituída por diversas fácies relacionadas a um ambiente recifal: frente recifal (consiste em retrabalhamento dos carbonatos no talude), recife (representando estruturas de recifes isolados) e recife interno (favorecidos pelo ambiente raso, provavelmente com alta salinidade, protegido pela barreira recifal). Os estudos geoquímicos e isotópicos mostram no geral uma grande contribuição detrítica nos carbonatos, com um enriquecimento em ETR na porção mais periférica da plataforma do que a porção protegida pela barreira recifal, mais rica em Mg devido à dolomitização. Normalizando pelo PAAS, as amostras não seguem o padrão típico de carbonatos marinhos, mostrando ETRL/ETRP ≈ 1.0, forte anomalia de La, inexistência de anomalias de Ce e Gd, e as taxas de Y/Ho apresentando valores baixos (29-39). Nos perfis isotópicos, os valores de δ13C variam de -0,14 e 2,20 ‰, de δ18O de -9,82 a -3,18 ‰ mostrando uma homogeneidade de valores coincidentes com o período de quiescência tectônica do Mesoproterozoico e 87Sr/86Sr em torno de 0.7068, onde o sinal primário deste foi afetado por processos pós-diagenéticos.

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Publicado

2020-01-02

Edição

Seção

Artigos