Evolução Multitemporal do Uso e Ocupação do Solo na Bacia do Ribeirão do Lipa, Cuiabá-MT

Autores

  • Jéssica de Souza Moreira Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas e Geodinâmica, Campus Universitário Darcy Ribeiro ICC - Ala Central, 70.910-900, Brasília, DF, Brasil
  • Thiago de Oliveira Faria Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Geociências, Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança, 78060-900, Cuiabá, MT, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_4_163_171

Palavras-chave:

Classificação supervisionada, Bacia do Ribeirão do Lipa, uso e ocupação do solo

Resumo

A expansão urbana intensa e não planejada promove certos desequilíbrios ambientais que podem causar desconfortos sociais, muitas vezes irremediáveis. Inundações, movimentos de massa, aumento da impermeabilização e do escoamento superficial entre outros, são alguns dos impactos decorrentes do uso indevido ou irregular do solo. Este artigo aborda uma análise temporal das mudanças no uso e ocupação do solo na Bacia hidrográfica Ribeirão do Lipa, localizada no munícipio de Cuiabá-MT, a partir de técnicas de sensoriamento remoto. Para tal foram gerada as composições das bandas 5-4-3 e 5-4-1 das cenas do sensor Landsat 5, datadas de 1984, 1992, 2000, 2008 e das bandas 6-4-1 da cena do sensor Landsat 8, datada de 2017. A preferência pelas bandas termais 1, 3, 4 e 5 do satélite Landsat 5 e das bandas 6, 5 e 2 do satélite Landsat 8 foi dada pela possibilidade de identificação de solos impermeáveis e de áreas queimadas, discriminados a partir da composição entre elas. Posteriormente foi feita a classificação das composições a partir do método algoritmo de Máxima Verossimilhança (MAXVER) nas quais foram delimitadas cinco classes: vegetação (áreas com cobertura vegetal densa); solo exposto (áreas sem cobertura vegetal); lamina d’agua (áreas com lâmina d’água ou com superfície d’água exposta) e área urbanizada (áreas construídas com solo impermeável). Comparando as imagens classificadas e a evolução das classes na ocupação do solo entre 1984 e 2017 foi possível observar um crescimento de 5,36% de vegetação, 2,05% de solo exposto e 7,07% de área urbanizada, enquanto a classe lâmina d’agua teve aumento de 0,36%. As áreas queimadas diminuíram 3,73% de 1984 à 2008 enquanto no ano de 2017 não foi observado a presença de área queimada. Por ausência de imagens temporais, foram usadas as composições de bandas para validar o desempenho das classificações de acordo com o Índice Kappa. O resultado do índice Kappa foi entre muito bom e excelente, reforçando que a classificação supervisionada de bandas compostas de sensores de satélites é uma forte aliada no monitoramento do uso e ocupação do solo.

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Publicado

2020-01-02

Edição

Seção

Artigos