Análise da Evolução Costeira entre os Anos de 1984 e 2014 de Trecho do Litoral Oriental do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11137/2019_4_189_205Palavras-chave:
DSAS, Zona costeira equatorial, Sensoriamento RemotoResumo
As zonas costeiras desempenham relevante papel no desenvolvimento socioeconômico em todos os continentes e por essa razão se observa cada vez mais o crescimento da pressão antrópica nessas áreas. Esse crescimento, gradativo e ao mesmo desordenado, causa o aumento na vulnerabilidade ambiental nessas áreas, colocando em risco tanto a preservação do meio ambiente como das atividades de interesse socioeconômico ali instaladas. Isso ocorre porque essas regiões comportam ecossistemas de alta sensibilidade ambiental que estão sujeitas a modificações significativas em curtos intervalos de tempo. Nesse âmbito, o Estado do Rio Grande do Norte (RN), que possui cidades turísticas equipadas com densa infraestrutura costeira, vem apresentando problemas com a dinâmica costeira ao longo das últimas décadas. Tendo isso em vista, o presente estudo teve como objetivo desenvolver métodos em geoprocessamento que permitiram avaliar a evolução da linha de praia arenosa em um trecho de 12 km do litoral oriental do estado, fornecendo assim algumas das informações necessárias para o gerenciamento e manutenção dessas áreas. Para isso, foram utilizadas imagens de satélite da série Landsat de quatro diferentes décadas (1984, 1994, 2004 e 2014), que por meio do emprego de técnicas automáticas, permitiram definir a evolução da linha de praia ao longo de 30 anos. Essas linhas de praia foram então utilizadas nos módulos estatísticos do Digital Shoreline Analysis System (DSAS) para realização de quatro diferentes análises (1984 a 1994, 1994 a 2004, 2004 a 2014 e 1984 a 2014) que foram avaliadas quanto a taxa de variação, amplitude e mobilidade da linha de praia. As análises realizadas mostraram episódios de deposição (média de +0,7 m/ano) no período de 1994 a 2004 e episódios de erosão de 1984 a 1994 (média de -0,9 m/ano) e 2004 a 2014 (média de -0,5 m/ano). Tal sucessão de eventos deposicionais e erosionais mostram um quadro de relativa estabilidade para esse setor do Litoral Oriental; porém, ocorre uma clara tendência erosiva (média de -0,5 m/a o) que mostra que a erosão costeira, apesar de não ser tão expressiva como em outras áreas do RN, requer atenção nos setores onde há infraestrutura urbana instalada.Downloads
Publicado
2020-01-02
Edição
Seção
Artigos
Licença
Os artigos publicados nesta revista se encontram sob a llicença Creative Commons — Atribuição 4.0 Internacional — CC BY 4.0, que permite o uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, contanto que o trabalho original seja devidamente citado.