Determinação das Condições de Circulação em Aquíferos Fraturados com Auxílio de Eletrorresistividade e Perfilagem Ótica: Estudo de Caso em Petrolina, PE
DOI:
https://doi.org/10.11137/2020_1_138_150Palavras-chave:
Aquífero fraturado, Clima semiárido, Fluxo subterrâneoResumo
Um modelo conceitual de fluxo em aquífero fraturado foi proposto com base em resultados de investigações geofísicas (com auxílio de tomografia elétrica) e perfilagem ótica de alta resolução, além de estudos do fraturamento em escala local e regional. Os resultados mostram que fraturas verticais são importantes para a recarga e fluxo descendente, enquanto as fraturas sub-horizontais são fundamentais para a conexão das diferentes famílias de anisotropias de maior ângulo de mergulho, e ainda são importantes meios de transmissão para produção de água pelos poços tubulares. A perfilagem ótica mostra que uma única fratura de baixo ângulo de mergulho, a 75,5 metros de profundidade, corresponde a uma entrada d’água responsável por vazão de 4 m3/h em poço tubular profundo. A análise detalhada nos poços instalados nos sítios de desenvolvimento da pesquisa mostra que a recarga do aquífero local é mais eficiente em áreas em que os solos são pouco profundos ou ausentes, pois a condição semiárida do clima não gera superávit hídrico para que os solos alcancem a condição ideal para que as plumas de umidade migrem em direção à zona saturada das fraturas. Os resultados alcançados neste estudo desenvolvido na região de Petrolina, PE podem ser aplicados a outras áreas em que aquíferos fraturados ocorrem no semiárido da região Nordeste do Brasil.Downloads
Publicado
2020-04-23
Edição
Seção
Artigos
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