Estudo de Caso de uma Linha de Instabilidade Amazônica Utilizando Radar Durante o Projeto CHUVA-Belém

Autores

  • Jefferson Aparecido Arestides de Melo Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Rua Aprígio Veloso 882, 58429-900, Campina Grande, PB, Brasil
  • Clênia Rodrigues Alcântara Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Rua Aprígio Veloso 882, 58429-900, Campina Grande, PB, Brasil
  • Enrique Vieira Mattos Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Recursos Naturais, Avenida BPS 1303, 37500-903, Itajubá, MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_1_320_333

Palavras-chave:

Bacia Amazônica, Sistemas Convectivos, CAPPI, RHI

Resumo

A Linha de Instabilidade (LI) Amazônica que atingiu Belém, em 08 de junho de 2011, foi monitorada e analisada por meio de medições de superfície, altitude, satélite e radar. A LI foi identificada, inicialmente, através de imagens do Geoestationary Operational Environmental Satellite (GOES-12). O tempo de vida da tempestade foi de aproximadamente 8 h, comprimento (largura) de 1.100 km (120 km) e velocidade média de 10 m.s-1, tendo se propagado por cerca de 270 km continente a dentro. Os dados pluviométricos indicaram que a chuva associada a LI representou 29% da precipitação acumulada durante todo o experimento, que se estendeu por praticamente todo o mês de junho de 2011. O radar banda-X polarimétrico permitiu a observação da evolução e desenvolvimento espaço-temporal da precipitação. A LI apresentou uma estrutura bem organizada e intensa nos Constant Altitude Plan Position Indicator (CAPPI) e Range Height Indicator (RHI) com núcleos de refletividade maiores do que 60 dBZ (200 mm.h-1). A estrutura do sistema analisado apresenta semelhanças com a estrutura proposta por trabalhos anteriores para LIs que ocorrem na região amazônica. No entanto, em comparação com as LIs que se desenvolvem em outras regiões, as diferenças são evidentes. Essas diferenças podem estar ligadas aos mecanismos de formação de cada sistema em cada região.

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Publicado

2020-04-23

Edição

Seção

Artigos