“Meninas com Ciência” vive e resiste pelo Museu Nacional / UFRJ
DOI:
https://doi.org/10.11137/2020_4_238_252Palavras-chave:
Geociências, Divulgação científica, Empoderamento femininoResumo
O curso de extensão “Meninas com Ciência” é uma ação concebida e executada pelas mulheres do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional (MN/UFRJ), voltado para alunas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas públicas e particulares. Ocorre desde 2017, em edições semestrais, com oficinas práticas e lúdicas em Geociências. Aqui, são apresentados o histórico do curso, as atualizações ao método, avaliações de acesso e permanência das alunas, além das perspectivas futuras. O objetivo deste trabalho é inspirar novas iniciativas, democratizando o acesso às ações de divulgação no país. Desde sua criação, o curso enfrentou diversos desafios; entre eles, a perda de toda a sua estrutura física, durante o incêndio do MN/UFRJ, mas a equipe persiste e, ao longo de seis edições, teve 2333 inscritas e ofertou 455 vagas. Além disso, é crescente o interesse de outras instituições em replicar o modelo. Até o momento, “Meninas com Ciência” inspirou, com sucesso, a execução de sete ações semelhantes nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Pará, o que corrobora a receptividade da sociedade e a importância destas iniciativas voltadas às questões de gênero. Este trabalho demonstra que é possível realizar divulgação científica de qualidade e gratuita, mesmo sob condições adversas e com baixo orçamento. Ainda, traz os desafios em popularizar o acesso de meninas de diferentes condições, sociais e econômicas, ao curso. Em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, as duas edições previstas estão suspensas. Porém, a partir desta adversidade, “Meninas com Ciência” cresce e torna-se um projeto de extensão. Trata-se de uma estrutura maior e permanente, que abriga: a) o curso presencial, que será retomado assim que possível; b) um canal online direto com a sociedade, visando propor atividades, tirar dúvidas sobre Geociências, conversar sobre as experiências de mulheres cientistas, etc. e c) a criação de linhas de pesquisa em extensão.
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