Análise da Distribuição Espacial do Potencial Natural de Erosão de Quatro Áreas com Diferentes Topografias

Autores

  • João Pedro Inacio Alves Universidade Federal do Espirito Santo, Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde, Departamento de Geologia, Alto Universitário s/n, 29500-000, Alegre, ES, Brasil
  • Samuel de Assis Silva Universidade Federal do Espirito Santo, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia Rural, Alto Universitário s/n, 29500-000, Alegre, ES, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_2_199_207

Palavras-chave:

Geotecnologia, Erosão, Métodos de interpolação

Resumo

A erosão é um grande problema ambiental e um dos principais fatores de degradação do solo, reduzindo o potencial agrícola das áreas e gerando o assoreamento de canais fluviais. Para entender o comportamento do solo e estabelecer práticas conservacionistas para controle da erosão é muito utilizado no modelo de estimação de perda de solo a Equação Universal da Perda de Solo (EUPS). Outro índice utilizado no estudo da erosão é o Potencial Natural de Erosão (PNE), que é baseado na EUPS, o qual, aliado a geoestatística, é capaz de produzir bons resultados. Dessa forma, buscou-se com este trabalho avaliar a distribuição espacial do potencial natural de erosão em diferentes áreas de produção de café, utilizando análises geoestatísticas e técnicas de interpolação de dados. O estudo foi realizado para quatro áreas de produção de café localizadas em Araponga - MG. O PNE foi determinado através da EUPS suplantada das variáveis referentes ao fator uso e manejo do solo (C) e fator prática conservacionista (P). Foram testadas duas metodologias, a álgebra de mapas e a interpolação do PNE, e analisou-se o erro do mapa final para os dois métodos. O fator erodibilidade (K) apresentou dependência espacial para as áreas 01, 03 e 04, com índice de dependência espacial de moderado a forte, enquanto que o PNE apresentou dependência espacial para todas as áreas de estudo, com índice de dependência espacial forte. Todas as áreas tiveram PNE classificado como muito baixo, com exceção da área 01, que apresentou maiores valores de PNE devido a maior declividade e erodibilidade encontrada na parte mais alta da área. Independentemente da área, os valores mais baixos de PNE, estão associados principalmente, a distribuição espacial das frações granulométricas, que condicionam o fator K. A forma que é calculado o mapa final pode resultar em diferentes resultados, acumulando mais ou menos erros. Dentre os dois métodos utilizados o método 2 proporcionou melhores resultados, atingindo menores erros e permitindo um processamento mais rápido.

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Publicado

2020-08-21

Edição

Seção

Artigos