Proposta de Simbologia para Representação de Ambientes Indoor por Meio de Testes com Usuários
DOI:
https://doi.org/10.11137/2020_2_208_223Palavras-chave:
Mapas Indoor, Simbologia Gráfica, Design Centrado ao UsuárioResumo
O design dos mapas envolve o processo de generalização do ambiente físico, ou seja, do ambiente em que vivemos, através da representação dos seus elementos naturais e culturais e suas características pelo uso de símbolos. No entanto, a cartografia indoor, dedicada à elaboração de mapas que representam o interior de edifícios, não recebeu muita atenção apesar do crescimento nesta área do mercado de mapeamento. Desta forma, faz-se a proposição e avaliação de um tipo de simbologia gráfica para representação de elementos pertencentes ao ambiente indoor. A pesquisa propõe avaliar e utilizar simbologia gráfica específica para representação de elementos pertencentes ao ambiente indoor, de forma a minimizar problemas relacionados à orientação espacial do usuário decorrentes do uso de simbologia não adequada para tais ambientes. Assim, foi realizada uma pesquisa empírica qualitativa com uma amostra aleatória de usuários, para verificar a preferência subjetiva dos usuários em relação à simbologia proposta para um mapa indoor em planta baixa. Nos testes realizados os usuários foram questionados sobre suas preferências relacionadas a cor e forma dos símbolos, de modo a relacionar o uso da simbologia diretamente às atividades realizadas no ambiente físico, sendo considerado o fenômeno espacial “Tipos de uso do Espaço Indoor” como elemento a ser representado. Os resultados apontam uma tendência na escolha da cor utilizada nas classes do fenômeno representado. De acordo com os usuários os tipos de cores ciano, amarelo, vermelho, verde e azul escuro estão respectivamente relacionados aos espaços voltados aos banheiros, ensino (salas de aula e laboratórios), uso comercial, uso administrativo e escritórios. As classes “áreas de uso comum” e “sem informação” apesar de definidas respectivamente pelas cores roxo e cinza, não foram compreendidas pelos usuários. Em relação a simbologia gráfica, são fornecidos dezoito símbolos derivados de empresas privadas, do manual de simbologia da ISO e turística, que relacionam as tarefas específicas dos usuários com determinados espaços do ambiente. Os resultados mostram que símbolos derivados de empresas privadas aumentam o número de erros e incertezas em relação ao seu significado comparando com os símbolos derivados dos manuais de simbologia da ISO e simbologia turística.Referências
Alhosani, N.M. 2009. The Perceptual Interaction of Simple
and Complex Point Symbol Shapes and Background
Textures in Visual Search on Tourist Maps. Pós-graduação em Geografia, Universidade do Kansas, Tese
de Doutorado, 476p.
Andrade, A.F. & Sluter, C.R. 2012. Avaliação de Símbolos
Pictóricos em Mapas Turísticos. Bulletin of Geodetic
Sciences, 18 (2): 242-261.
Antunes, A.P. & Delazari, L.S. 2019. Landmarks Evaluation with
Use of QR-Code for Positioning Indoor Environment.
Bulletin of Geodetic Sciences, 25 (4): e2019024.
ANSI. 2007. American National Standards Institute. Homeland
Security Mapping Standard: Point Symbology for
Emergency Management. Disponível em: < https://
www.hsdl.org/c/>. Acesso em: 18 jan. 2019
Brewer, C.A. 2005. Designing Better Maps: A Guide for GIS
Users. Redlands, ESRI Press, 203p.
Dent, B.D. 1993. Cartography: Thematic Map Design. Iowa,
Wm. C. Brown Publishers, 427p.
Hund, A.M. 2016. Visuospatial Working Memory Facilitates
Indoor Wayfinding and Direction Giving. Journal of
Environmental Psychology, 45 (1): 233-238.
ISO. 2017. International Organization for Standardization.
Coletânea Eletrônica de Normas Técnicas - Símbolos
Gráficos. Brasil, ABNT Editora, 263p.
Klippel, A.; Freksa, C. & Winter, S. 2006. You-Are-Here Maps
in Emergencies – The Danger of Getting Lost. Journal
of Spatial Science, 51 (1): 117-131.
Kostelnick, J.C.; Dobson, J.E.; Egbert, S.L. & Dunbar, M.D.
Cartographic Symbols for Humanitarian
Demining. The Cartographic Journal, 45 (1): 18-31.
Maguire, M. 2001. Methods to Support Human-Centred Design.
International Journal of Human-Computer Studies,
(4): 587-634.
MacEachren, A.M. 1995. How Maps Work: Representation,
Visualization, and Design. New York, Guilford Press,
p.
MARKETSANDMARKETS. 2017. Indoor Location Market
by Component (Technology, Software Tools,
and Services), Deployment Mode (Cloud, and
On-premises), Application, Vertical (Transportation, Hospitality, Entertainment, Retail, and Public
Buildings), and Region - Global Forecast to 2022.
Disponível em: <https://www.marketsandmarkets.
com/>. Acesso em: 1 fev. 2019
MD. 2008. Ministério da Defesa. Manual de abreviaturas,
siglas, símbolos e convenções cartográficas das
forças armadas. Brasil, Ministério da Defesa, 338p.
NBS. 2015. National Building Specification. Uniclass.
Disponível em: < https://www.hsdl.org/c/>. Acesso
em: 25 jan. 2019
NCES. 2006. National Center for Education Statistics.
Postsecondary Education Facilities Inventory and
Classification Manual (FICM). Disponível em: <
https://nces.ed.gov/ >. Acesso em: 23 jan. 2019
Nossum, A.S. 2011. IndoorTubes a Novel Design for Indoor
Maps. Cartography and Geographic Information
Science, 38 (2): 192-200.
Nossum, A.S. 2013. Developing a Framework for Describing
and Comparing Indoor Maps. Cartography and
Geographic Information Science, 50 (3): 218-224.
OGC. 2014. Open Geospatial Consortium. OGC IndoorGML.
Disponível em: < http://www.indoorgml.net/ >.
Acesso em: 10 jan. 2019
Puikkonen, A.; Sarjanoja, A.H.; Haveri, M.; Huhtala, J.;
Häkkilä, J. 2009. Towards Designing Better Maps for
Indoor Navigation - Experiences from a Case Study.
In: PROCEEDINGS OF THE 8th INTERNATIONAL
CONFERENCE ON MOBILE AND UBIQUITOUS
MULTIMEDIA (MUM), 8, Cambridge, ACM, Artigos
completos, p. 1-4.
Robinson, A.C.; Roth, R.E.; Blanford, J.; Pezanowski, S. &
MacEachren, A.M. 2012. Developing Map Symbol
Standards Through an Iterative Collaboration.
Environment and Planning B: Urban Analytics and
City Science, 39 (1): 1034-1048.
Samet, H.; Nutanong, S. & Fruin, B.C. 2016. Dynamic
Presentation Consistency Issues in Smartphone
Mapping Apps. Communications of the ACM, 59 (9):
-67.
Sarot, R.V. & Delazari, L.S. 2018. Evaluation of Mobile
Device Indoor Maps for Orientation Tasks. Bulletin of
Geodetic Sciences, 24 (4): 564-584.
Stankiewicz, B.J. & Kalia, A.A. 2007. Acquisition of Structural
Versus Object Landmark Knowledge. Journal of
Experimental Psychology Human Perception &
Performance, 33 (2): 378-390.
Viaene, P.; Vanclooster, A.; Ooms, K. & Maeyer, P. 2014.
Thinking Aloud in Search of Landmark Characteristics in an Indoor Environment. In: UBIQUITOUS
POSITIONING INDOOR NAVIGATION AND
LOCATION BASED SERVICE (UPINLBS), 3,
Corpus Christ, IEEE, Artigos completos, p. 103-110.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados nesta revista se encontram sob a llicença Creative Commons — Atribuição 4.0 Internacional — CC BY 4.0, que permite o uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, contanto que o trabalho original seja devidamente citado.