Análise da Qualidade dos dados SRTM ao Longo de Todo o Território Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.11137/2020_2_340_348Palavras-chave:
PEC, SRTM, DeclividadeResumo
No Brasil, diversos estudos já foram realizados visando analisar diferentes Modelos Digitais de Elevação (MDE), como os dados oriundos do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer (ASTER), entre outros, usando diferentes técnicas, sem contudo, avaliar as diferenças topográficas existentes em um país continental como é o Brasil e, estabelecendo escalas que podem ser utilizadas regionalmente e globalmente. Desta forma o objetivo principal do presente estudo é avaliar a qualidade dos dados SRTM para todo o território brasileiro, tendo como base as diferenças topográficas e, consequentemente as declividades, onde o resultado do Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) em áreas piloto compartimentadas em classes de declividade distintas, são extrapolados para todo o território brasileiro a partir do mapa de declividade do Brasil, além de testar e apresentar novos MDEs com a melhor qualidade possível, a partir do dado SRTM, por meio da aplicação de diversos métodos de interpolação. Neste estudo, foram utilizados para análise os dados SRTM de 30 metros de resolução espacial, disponibilizado pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) a partir de 2013. Para a avaliação do mesmo, foram utilizados como verdade de campo (referência), dados altimétricos medidos em campo por meio do sistema de posicionamento por satélite Global Navigation Satellite Systems (GNSS) pós processado. Os resultados apresentados neste estudo mostram que a qualidade do SRTM é compatível com o PEC A (Analógico) e PEC B (Digital) para a escala de 1/50.000 nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, já para as demais regiões, sul e sudeste, a qualidade é compatível com o PEC B (Analógico) e PEC C (Digital) para a mesma escala, e que não foi possível melhorar a qualidade do SRTM após processo de interpolação para as áreas com declividade até 45% e ainda que apenas os métodos de interpolação (topo to raster) e (krigagem) foram capazes de melhorar a qualidade do SRTM nas áreas com declividade acima de 45%.Referências
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