Caracterização Mineralógica e Gemológica das Opalas de Buriti dos Montes – Piauí

Autores

  • Daniela Vasconcelos Machado Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geologia, Av. Athos da Silveira Ramos 274 - Cidade Universitária - Ilha do Fundão, 21941-916, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Jurgen Schnellrath Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCT), Av. Pedro Calmon 900, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-908, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Joedy Patricia Cruz Queiroz Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCT), Av. Pedro Calmon 900, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-908, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_2_415_425

Palavras-chave:

Opala de Fogo, Espectroscopia Raman, Cristobalita-Tridimita

Resumo

A opala é um mineral polimorfo de sílica, onde o teor de água pode chegar até 20% em sua composição. Na gemologia, se destaca pela sua variedade de cores e pelo fenômeno de jogo de cores. A estrutura das opalas pode variar desde amorfa (opala -A), baixa cristalinidade (opala -CT) até alta cristalinidade (opala -C). Dada a importância da opala na gemologia e na região de Buriti dos Montes - Piauí, a pesquisa tem o objetivo de contribuir com uma caracterização gemológica e mineralógica das opalas das regiões de Tranqueira e Riacho do Meio. Foram analisadas opalas brancas e opalas laranjas a avermelhadas, também conhecidas como opala de fogo na gemologia. A caracterização de onze amostras foi baseada nas determinações da cor, densidade (d) e índice de refração (IR), análises de Espectroscopia Raman, Fluorescência de Raio-X (FRX) e Difração de Raio-X (DRX), realizada nos laboratórios do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). Através dos resultados obtidos, as opalas de Buriti dos Montes foram classificadas como do tipo -CT (cristobalita-tridimita), de cristalização incipiente não totalmente amorfa. Destaca-se a amostra BM9, que apresentou na espectroscopia Raman picos não definidos e na análise de DRX a presença de caulinita em sua formação. Tais resultados sugerem que a opala encontra-se em estágio inicial de formação associada à caulinita, com características amorfas. A técnica de espectroscopia Raman foi aqui empregada com a finalidade de corroborar com o entendimento sobre o grau de cristalinidade das opalas de fogo, sendo tal técnica não utilizada em trabalhos anteriormente realizados na região.

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Publicado

2020-08-21

Edição

Seção

Artigos