Paleoambiente Deposicional de Folhelhos da Formação Pimenteiras da Borda Oeste da Bacia do Parnaíba, NE - Brasil

Autores

  • Neila Caldas Abreu Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, LEPETRO Excelência em Geoquímica Petróleo Energia e Meio Ambiente, Rua Barão de Jeremoabo s/n, 40170-115, Ondina, Salvador, BA, Brasil
  • Consuelo Lima Navarro de Andrade Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Exatas, Av. Transnordestina s/n, 44036-900, Novo Horizonte, Feira de Santana, BA, Brasil
  • José Roberto Cerqueira Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, LEPETRO Excelência em Geoquímica Petróleo Energia e Meio Ambiente, Rua Barão de Jeremoabo s/n, 40170-115, Ondina, Salvador, BA, Brasil
  • Karina Santos Garcia Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, LEPETRO Excelência em Geoquímica Petróleo Energia e Meio Ambiente, Rua Barão de Jeremoabo s/n, 40170-115, Ondina, Salvador, BA, Brasil
  • Olívia Maria Cordeiro de Oliveira Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, LEPETRO Excelência em Geoquímica Petróleo Energia e Meio Ambiente, Rua Barão de Jeremoabo s/n, 40170-115, Ondina, Salvador, BA, Brasil
  • Hélio Jorge Portugal Severiano Ribeiro Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo, Rodovia Amaral Peixoto, km 163, Av. Brenand s/n, 27925-535, Imboacica, Macaé, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_2_496_510

Palavras-chave:

Geoquímica orgânica, Paleoambiente deposicional, Formação Pimenteiras

Resumo

Os folhelhos da Formação Pimenteiras depositados em ambiente marinho durante o Devoniano (Frasniano), são ricos em matéria orgânica e constituem a principal rocha geradora da Bacia do Parnaíba. Este trabalho tem como objetivo caracterizar o paleoambiente deposicional da Formação Pimenteiras com base no estudo de Geoquímica Orgânica e Palinofácies. Foram coletadas 21 amostras de rocha em um afloramento próximo ao município de Aparecida do Rio Negro, na borda Oeste da Bacia, no estado de Tocantins, onde havia aspecto estratigráfico do contato entre as Formações Cabeças (Fameniano) e Pimenteiras (Frasniano). Os teores de carbono orgânico total (COT) variaram de 0,21 a 2,43 % e os resultados da pirólise Rock Eval indicam querogênio predominantemente dos tipos II e III, potencial gerador de hidrocarbonetos (S2) variando de pobre a médio (0,41 - 6,13 mgHC/g rocha), baixa concentração de hidrocarbonetos livres (S1) e imaturidade térmica (Tmáx) para a geração de petróleo. O estudo de palinofácies permitiu identificar e quantificar os componentes particulados da matéria orgânica dos grupos dos palinomorfos, fitoclastos e matéria orgânica amorfa (MOA). Um número considerável de prasinófitas dos gêneros Pterospermella, Cymatiosphaera, Durvenaysphaera, Leiosphaeridia, Tasmanites, Hemiruptia e Maranhites foram identificadas, sugerindo as superfícies da inundação possivelmente da idade do Frasniano. Ao longo do afloramento as amostras apresentaram variação quantitativa de componentes orgânicos de origem terrestre, caracterizando regressões marinhas, e outras amostras, sugerindo transgressões marinhas, com o aumento de prasinófitas e acritarcas. A razão dos isótopos de carbono orgânico (δ13C: -25,9 a -29,5‰) e os biomarcadores saturados (esteranos regulares C27-C28-C29 e razão TPP/(TPP+DIA)), também sugerem uma alternância no “input” da matéria orgânica terrestre e marinha.

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Publicado

2020-08-21

Edição

Seção

Artigos