Estrutura dos depósitos sedimentares quaternários da bacia hidrográfica do rio Santana, Miguel Pereira, Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Claudio Valdetaro Madeira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia
  • Leonardo Borghi Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/1999_0_8-22

Resumo

O presente trabalho trata dos aspectos estratigráfico, sedimentológico e geomorfológico preliminares dos depósitos quaternários do rio Santana, estabelecidos pela caracterização das fácies e de suas arquiteturas deposicionais. A partir da descrição de cinco elementos arquiteturais, caracterizados por dez litofácies foi possível identificar as seguintes estrutura e história deposicionais: 1) instalação de um sistema de leques aluviais (litofácies Gm e Fm, elemento E) sobre solos do embasamento alterado; 2) Instalação de um sistema fluvial sobre uma discordância, onde desenvolve-se uma planície de inundação mal drenada (não descrita em termos de elemento arquitetural), sobreposta por canais de alta sinuosidade (litofácies Sp e St, elemento C) geneticamente relacionados a outra planície de inundação (litofácies Fl e Fsc, elemento A) com a qual é comum o entreacamamento de depósitos de arrombamento de diques marginais (litofácies Sh, Sl e Sp, elemento B); 3) após uma fase de erosão sucede outra fase de acumulação de depósitos fluviais, porém com estilo fluvial menos sinuoso (litofácies Gp, Gt, Sp, St, e Sh, elemento D). Com a ação antrópica (retificação do canal e extração de areias) ocorre um novo período de erosão. Em termos geomorfológicos tem-se a seguinte estruturação : 1) a planície de inundação atual está cerca de 1,5m acima do leito atual do rio; 2) o terraço baixo (T2) cerca de 5m acima do leito do rio, formado pelo elemento D; 3) o terraço alto (T1) cerca de 11m acima do leito do rio, constituído pelos elementos A, B, C e E.

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Publicado

1999-01-01

Edição

Seção

não definida