Estágios de desenvolvimento de Mariliasuchus amarali, Crocodyliformes Mesoeucrocodylia da formação Adamantina, cretáceo superior da bacia Bauru, Brasil

Autores

  • Felipe Mesquita de Vasconcellos UFRJ; CCMN; IGEO; Departamento de Geologia
  • Ismar de Souza Carvalho UFRJ; CCMN; IGEO; Departamento de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2005_1_49-69

Resumo

Mariliasuchus amarali Carvalho & Bertini 1999, Mesoeucrocodylia proveniente da Formação Adamantina (Bacia Bauru, Cretáceo Superior), apresenta caracteres de adaptação ao ambiente terrestre: crânio curto e alto, órbitas laterais, narinas externas frontais, e enorme redução da fórmula dentária, com especialização dos dentes em incisiformes, caniniformes e molariformes. Atualmente está incluído na infraordem Notosuchia Gasparini, 1971. Quatro exemplares de Mariliasuchus amarali, encontrados nas imediações do município de Marília, Estado de São Paulo, foram analisados. Um deles, o holótipo de Mariliasuchus (UFRJ DG 50-R), é um indivíduo juvenil, enquanto os outros dois (UFRJ DG 105-R e UFRJ DG 106-R) pertencem a indivíduos adultos, possibilitando então uma análise de padrões de desenvolvimento ontogenético da espécie. Foram analisadas as relações entre as fenestras supratemporal, laterotemporal, mandibular e o esculturamento nos quatro exemplares. Os resultados indicaram que Mariliasuchus adquire no curso de sua ontogenia um crânio mais sólido e resistente. A migração caudal das fenestras laterotemporais e o incremento de tamanho da fenestra supratemporal podem indicar um aumento do uso ou da força dos músculos adutores na apreensão e processamento de alimentos.

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Publicado

2005-06-01

Edição

Seção

Artigos