Depressões fechadas em relevo cárstico-quartzítico, bacia do Ribeirão Santana, médio vale do rio Paraíba do Sul

Autores

  • Rogério Uagoda Universidade Federal do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza; IGEO; DEGEO Laboratório de Geo-Hidroecologia
  • André de Souza Avelar Universidade Federal do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza; IGEO; DEGEO Laboratório de Geo-Hidroecologia
  • Ana Luiza Coelho Netto Universidade Federal do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza; IGEO; DEGEO Laboratório de Geo-Hidroecologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2006_2_87-100

Resumo

Feições cársticas são geralmente desenvolvidas em rochas carbonáticas, mas também podem ocorrer em rochas silicláticas, como é o caso dos quartzitos. A presente pesquisa objetiva realizar mapeamento da morfologia superficial e reconhecimento de depósitos de área cárstica em rochas quartzíticas. O trabalho foi desenvolvido na bacia hidrográfica do Ribeirão Santana (210 km²), médio vale do rio Preto, que é tributário do rio Paraíba do Sul, localizando-se entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, Brasil. Foi realizada restituição de fotografias aéreas na escala 1:25.000 em ambiente 3D, donde resultou carta planialtimétrica em escala 1:10.000, com localização de depressões fechadas, concavidades com e sem canal e depósitos. Em campo foi executado levantamento topográfico de precisão, 1:500, resultando em mapeamentos planialtimétricos de formas já identificadas. Também foram feitas coletas de solo em fundos de vale, encostas e depressões, analisadas segundos os critérios de cor, textura e morfoscopia de grãos, resultando em perfis de solo, para depósitos confinados em fundos de depressões. Foram também geradas representações esquemáticas, para sedimentos de fundos de vale e encosta. Os resultados indicam que as depressões fechadas posicionam-se geralmente nos divisores de drenagem, havendo também casos em encostas. Quanto aos pacotes deposicionais, há predominância da fração areia em todas as amostras dos perfis de depósitos de encosta e fundos de vale fluviais, o que pode indicar que os finos são carreados em solução. Nos depósitos confinados em depressões são encontrados perfis orgânicos e/ou hidromórficos em profundidade, semelhante ao que é descrito em outros trabalhos sobre o tema. Os dados subsidiarão pesquisa futura que levará em conta características geológicas, hidrológicas e geoquímicas, a fim de interpretar a gênese e desenvolvimento das feições cársticas.

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Artigos